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14 de janeiro de 2015

Encontro com uma Consciência Livre




A CONSCIÊNCIA LIVRE

25 de janeiro de 1979, quinta-feira, zero hora e 20 minutos, segundo sono. Quarto do apartamento em Ipanema, Rio de Janeiro. Recolhi-me ao leito, deitei-me do lado esquerdo, aparentemente como qualquer outra noite, com algum cansaço intrafísico, às 23h 15min. Não aconteceram exercícios de exteriorização de energias e nem retive rememoração da decolagem.


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A consciência nasceu-me fora do soma num distrito extrafísico evoluído, no esplendor de beleza transcendendo os locais costumeiros nas imediações da crosta terrestre. Minhas parapercepções detectavam apenas luzes e cores vivas não circunscritas por formas definidas. Nenhum sinal de habitação, completa ausência de edificações. Tinha a percepção apenas da consciência. Não sentia a forma do psicossoma. Estava invisível até para mim mesmo.
Mais leve do que o normal fora do corpo denso, a atitude interior de confiança com pensamentos de superioridade moral, fazia meu íntimo aspirar energias de inequívoca sublimação, num contentamento indefinível e tranquilo.
Não havia formas nem fisionomias humanas, apenas centros de irradiação de energia constituindo consciências conhecidas entre as quais algumas marcantes pelo que realizaram como os sensitivos Fernando de Lacerda, Aura Celeste e Eusápia Paladino. E todos convertidos em pura luz. Não possuíam nomes, nem os identificava pelos formatos, mas os conhecia e estava unido a eles por uma experiência em comum. Surgiu-me a certeza de estar numa assembleia, embora sem forma ou aparência, apenas focos mentais incorpóreos, massas de energia na atmosfera nirvânica, impossíveis de imaginar na elevação mental, inabordáveis a descrições terrestres, indefiníveis nos termos conhecidos.
Estariam minhas percepções imperfeitas perturbadas pelo meio ambiente perfeito? Como falar o infalável, descrever o indescritível, além da prosa, da poesia, dos jogos de palavras convencionais? Como achar o idioma das origens, o denominador comum, o nível universal para situar-me na assembleia sem forma, entender a equipe não-antropomórfica e penetrar os mistérios inexcedíveis?
Julgo que vibravam naquela dimensão ou esfera somente os mentaisomas das consciências. Uma constatação sobressaía: o meu conhecimento exato de quem era cada qual naquele lugar que não existe no tempo, mas existirá na eternidade. Ali, num lugar inexistente, não existia nada, mas estava existindo tudo. No entanto, as ideias me assomavam palpáveis, As certezas indiscutíveis, as emoções serenas indescritíveis, o bem-estar nunca sentido, sonhado ou dimensionado.
Era patente para mim que uma Consciência Maior se manifestaria através de todos que ali se serviam de intermediários. E foi o que aconteceu suavemente.
A presença dos pensenes dessa consciência intangível, dotada de atributos ignotos, projetou-me a consciência às culminâncias do sentimento, dando impacto profundo de entendimento substituindo as estruturas de todas as emoções.
Sem abalo nem euforia, a paz estrutural definitiva falava que aquela realidade constituía o maior acontecimento da seriéxis. Tudo valeu e todo sacrifício valerá só para viver "aquilo", vindo de alguém que chegou a um ácume supremo de evolução.
Como dizer? De que modo dar ideia? Como descrever? "Quem" descrever? Experimento, mais do que nunca, o pauperismo das palavras e expressões. Gota d’água feliz dentro do Sol, explosão galática de paz, avalanche cósmica sem encosta para despencar, universo sem fim para expandir, os motos vorticosos desconhecidos do infinito, a torrente oceânica na gota do mar? Tudo apenas palavras. Na verdade é impossível descrever-se algo que não tenha padrão de referência anterior estocado no banco de memória, ou concepções estranhas ao entendimento da conscin. E não se pode estabelecer fronteiras para o infinito.
Fatos e não palavras. Uma certeza: era uma consciência livre. Centro consciente de irradiação energética vibrante, livre de matéria, forma e espaço, e da serialidade na crosta terrestre, que não enverga mais o psicossoma no conceito comum. E toda consciência livre há de ser semelhante na posição de multigênio da evolução, num estágio inconcebível neste planeta, em condições inapreciáveis ao cérebro humano, com sentimentos universalistas inacessíveis às nossas percepções, tradições e condicionamentos?
Que nome? Por que nome? Quem? De onde? Não importa a etiqueta. Que forma? Há forma? Como entender? Que o contemporâneo de evolução ofereça-lhe o nome que escolher. Raio de luz, Fotônio, Ponto Inexistente, Antienergia, Pré-Deus? Eis o simples complexíssimo.
Um orgasmo-nirvânico-sub-intrante-permanente atirava os princípios conscienciais na paz do turbilhão das nebulosas. Cada qual parecia ter a potência de fecundar larga porção do Universo, sendo o centro-e-a-periferia-a-parte-e-o-todo. Um criador em função. Cada personalidade ali presente, conscins e consciexes, detinha a impressão de receber individualmente a manifestação exclusiva da consciência livre, vivendo o momentum indescritível e emudecedor.
A eloquência sem palavras do discurso que aparentemente não houve, ouvida na voz do silêncio do íntimo surgiu-me tão fugaz e perdura sempre. O influxo provinha de uma consciência invisível, impessoal, super-humana, com uma sabedoria serena, sem nenhum emocionalismo.
A mensagem enfatizava o aproveitamento da experiência das conscins amadurecidas, adquirida na vida humana, no amparo às conscins jovens, a fim de evitar o desperdício da formação intelectual multiface dos idosos, tendo em vista o aumento crescente e predominante da humanidade moça nesse atual período terrestre.
Ocorreu um fenômeno de expansão intelectiva, numa ampliação omnidirecional, surgindo uma certeza erudita, tranquilizadora, suprafísica, suprarracional, nessa esfera de conscientização. Não escutei nada, nem aconteceu transmissão de pensamento comum. Sucedeu a projeção em bloco das ideias fundamentais, de uma vez. Todos sentiram e compreenderam tudo, até às últimas consequências, num átimo. Alguém esteve lá, ninguém viu, mas todos notaram. Transmitiu a mensagem, ninguém ouviu, mas todos entenderam.

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Após o retorno ao soma, emergiram do meu íntimo apenas os soluços da compreensão e as lágrimas da intraduzível euforia de quem deseja fazer o mundo feliz, inundando a Terra, se possível for, com a melodia desses soluços e a doçura dessas lágrimas.
Embora minhas experiências anteriores nos campos da psicografia, psicofonia, vidência, precognição, efeitos físicos e até mesmo centenas e centenas de outras projeções conscientes de muitas naturezas, "trailers" reais da vida extrafísica próxima, nada existiu antes nesta seriéxis para comparar com o deslumbramento da "visão-sem-enxergar" e da "emoção-da-paz-estrutural", "vista" e "sentida" nesse desprendimento de consciência plena após o despertar. Hoje, a minha atual existência divide-se em dois períodos distintos. Antes e depois da "visão" da consciência livre. Foi o divisor de águas, o marco incomparável, o momento da grande paz.
O relógio marcava zero hora e 42 minutos. Como estabelecer parâmetros à duração dessa assembleia? A passagem do tempo nada tem a ver com a experiência: o tempo deixara de existir. Em 22 minutos de sono, aconteceu o milênio de realidade. Na cronologia humana foram alguns momentos, na mente valeram séculos. Foi o segundo milenar. A percepção consciente do projetor, numa curiosa distorção da dimensão espaço-tempo, passara do nível temporal e espacial para o nível cósmico, num grau ilimitado fora de todas as restrições materiais e entraves corporais.
Tudo me aconteceu com naturalidade de nascer do Sol, vida familiar, regato correndo, capim verde esvoaçando à brisa, chilrear de passarinhos, mansidão bucólica, mar tranquilo, nuvens no azul, mas tudo foi transcendente. O fato impregnou-me a mente com a certeza das verdades básicas tornando-as "imanentes" ao ser.
O meu desejo de ficar lá suplantava todos os outros anseios e aspirações, mas um comando irresistível ordenava voltar e continuar. Nasceu-me a vontade de deixar o soma e seus liames para aquela dimensão-pacífica-turbilhonante-gloriosa, desconhecida e conhecida, indescritível. A coerência, contudo, jamais me permitiria relaxar o entusiasmo de agir com dignidade até o fim do veículo celular. E as obrigações maiores me ordenaram continuar com a felicidade profunda da certeza do futuro próximo, futuro-presente, ou presente-já-futuro, dentro da relativa ilusão do tempo terráqueo, sabendo que no amanhã, na dependência do esforço próprio, aquela realidade será conquista para ser usufruída permanentemente.
Após a visão, sentia-me o super-homem, mas um super-homem sem violência, sem incertezas, sem vontade de parlamentar, apenas pensando-falando e fazendo-o-possível-para-o-bem de todos e tudo, com um otimismo-certeza-absoluta, uma euforia-doce-contida, uma convicção-indignação-comigo-próprio. Sem nenhuma amargura quanto ao passado-presente-futuro, pessoas-animais-plantas-fatos-coisas e circunstâncias. De vigília comigo, em paz com tudo, apareceu outro acréscimo de responsabilidade no cumprimento de um trato. Quando, em qual seriéxis, intervalo intermissivo ou paragem futura, ocorrerá outra visão idêntica, no presente estágio de desenvolvimento? Tudo dependerá do esforço próprio e assim será sempre, para todos.
Antes da visão, a natureza, a Astronomia, a Astronáutica, os chamados discos voadores, a ficção científica, a Física, a música erudita e a fantasia imaginativa dos grandes artistas de todos os tempos eram para mim as demonstrações máximas do campo avançado das realidades futuras da evolução da consciência. Agora, com toda admiração e respeito, surgem muito caricatas ainda. Ante o futuro sem o tempo e a forma conhecidos, tudo isso desaparece qual cenário que se desmorona. Mais do que nunca há razão para a existência da Filosofia e da Poesia como os únicos ramos do pensamento da mente corporificada na Terra que se libertam mais da deficiência humana transitória na ânsia de se expandirem para mais próximo da realidade permanente. Nunca surgira tão profunda, dentro de mim, a importância da Revelação sobre os estudos racionais.
Os catorze bilhões de células do cérebro permitem apenas uma filtragem infinitesimal da realidade da consciência livre, por mais se use a elaboração mental, a memória, a imaginação, o juízo crítico, a comparação, os milhões de zonas corticais existentes, cada qual servindo a uma função definida, e os outros milhões de conexões, agrupamentos, interações e interdependências. Será possível a experiência ou visão amiúde de ocorrência extrafísica dessa natureza? Os mecanismos biológicos do homem dispõem de recursos capazes de resistir aos impactos dessa "paz" ou desse "bem-estar"? Os videntes, através dos séculos da História Humana, usaram inconscientemente o misticismo e os rituais quais muletas íntimas ou fugas emocionais das realidades que entreviram ou tiveram intuição permanente para suportar melhor o próprio corpo biológico daí em diante. Mas esse expediente não é o ideal. Não apareceu nenhum traço de misticismo na manifestação da consciência livre.
Julgo compreender um pouco melhor, agora, a visão panorâmica retrospectiva de toda uma existência, recapitulação de lembranças vistas em bloco, ao mesmo tempo, nos relatos das consciexes dos doentes terminais e dos fronteiriços à passagem da primeira morte. Ocorre, nesses casos, a projeção fora do tempo e do espaço dentro do centro mnemônico ou banco de memória integral da consciência, sem interferências externas, ao modo de grande computador que visse, num átimo, a própria biografia com todos os dados que traz programados. A mente livre reúne o passado, o presente e o futuro numa só realidade. A projeção da consciência desencadeia fora do soma a mais ampla alteração do estado de consciência da conscin que, por vezes, influi no campo biogravitacional e atua até sobre a curvatura do espaço com pensamento deslocando-se mais rápido que a luz.
O êxtase extrafísico, tão comentado há séculos, parece pálido para exprimir a realidade da visão da consciência livre. Há expansões de emoções e repercussões de ideias que superam o êxtase, a iluminação, a superconsciência temporária e sem forma, o profundo samádi ou consciência cósmica. Tem-se a prova de que a consciência domina a matéria e suas aparentes leis imutáveis, além de todo espaço, tempo, sentimentos, pensamentos, expectativas ou compulsões de mudanças.
O corpo biológico, o holochacra, o cordão de prata, o psicossoma e suas transformações, as expansões da consciência, bem como o mentalsoma ou a consciência que age isoladamente, são fatos inegáveis para mim que já os experimentei. Baseado nisso, acho que o mentalsoma é a condição permanente da consciência livre.
A ocorrência demonstrou também um fato curioso: as conscins e consciexes, apenas com o mentalsoma, podem funcionar como intermediadores na dimensão extrafísica.
Imitando o astrônomo que consegue prever a existência de um corpo celeste desconhecido, através das leis da gravitação e das disposições das órbitas dos astros, podemos aplicar o princípio da analogia nos estudos extrafísicos. Em Biologia Geral encontramos o fato da "homologia" que o dicionário registra como sendo a "semelhança de estrutura e de origem, em partes de organismos taxionomicamente diferentes". Sabemos, com certeza, que entre um corpo humano, o da mãe, e outro corpo humano, o do filho, existe uma primeira ligação constante, intrafísica, que é o cordão umbilical. Igualmente, não ignoramos que entre os corpos intrafísicos e extrafísicos existe uma segunda ligação constante, semifísica, palpável, que sob certo aspecto, tem volume e ocupa espaço, que é o cordão de prata. Será que, por homologia, existe uma terceira ligação constante, etérea, ou cordão quintessenciado, de outra natureza, entre o psicossoma e o mentalsoma? Onde? Como? De que natureza?
Deixo aqui esta hipótese de trabalho aos projetores e pesquisadores do futuro. Se a suposição for correta, vem explicar claramente que a seriéxis ocorre com o corte do cordão umbilical; a desativação do soma com o seccionamento do cordão de prata; e o surgimento da consciência livre, no ato de desvestir o psicossoma ou corpo emocional, acontece com a "ruptura" do cordão quintessenciado, deixando- o de mentalsoma apenas.
Igualmente, pode-se dar o nome de mentalsoma à consciência agindo isoladamente e de modo temporário; e a denominação de corpo causal à consciência agindo isoladamente e de modo permanente, ou à condição daquela que chamamos de consciência livre.
Por aí se vê que os "renascimentos" da consciência são múltiplos e variados. Mas isso constitui apenas uma questão secundária de palavras ou denominações para a melhoria do entendimento.
A visão faz a voragem do pensamento dar mais ideia da profundidade do passado e do infinito do futuro, alcançando, revolvendo e interagindo em todas as direções. Desaparecem as incoerências, as contradições, os paradoxos. Surgem elaborações retilíneas de pensamentos em todos os campos. O impossível torna-se realidade. Identifica-se, mais do que nunca, as taras do córtex instintivo e as suas influências sobre os atos racionais, compreendendo-se a causa do surgimento da doutrina da não-violência e das chamadas ocorrências sobre-humanas de todos os tempos. A noção aproximada da realidade da consciência livre, vivendo num momentum optimum continuum, talvez seja mais importante que a ideia exata de energia e do buraco negro.
Sem dúvida, visões iguais a essa lançaram os alicerces em que se erigiram todas as crenças religiosas através dos milênios. A visão viva trouxe possibilidades de atingir várias conclusões, pensando alto. Todos os seres inteligentes próximos, no futuro oportuno, viverão sem forma e sem a influência do tempo, num mundo mental.
Sendo assim, não haverá sexo, o maior esporte humano, mas para quê, se viverão num estado orgásmico permanente? Não haverá comida, mas para quê, se não existirá nem estômago nem fome? Não haverá apêndices locomotores, mas para quê se a consciência pode se manifestar aonde deseja? Livre da escravidão do corpo, organismo pelo qual a conscin passa cuidando a maior parte da vida humana, irá viver sem a necessidade do sono, sentir-se eufórico numa vigília contínua, conscientizar-se além dos dias e das noites. Esta será a existência de todos que viverão, sem exceção, com os pensamentos, enfrentando as consequências dos atos, às claras, num processo impossível de fugir, ocultar ou disfarçar. Será a vida total, sem simulações, convencionalismos e hipocrisias. Estarão todos despojados das aparências, rótulos e quaisquer excrescências da matéria.
E, mais tarde, libertar-se-ão, igualmente, do psicossoma para existir sem forma e sem a influência do tempo, num processo agora, na condição de homens, decididamente impossível de conceber até como utopia. Só mesmo através da projeção consciente.
Não usando nenhum dos padrões de medidas, unidades de peso, distância e avaliações conhecidas na problemática humana, a realidade entrevista da consciência livre é mais autêntica e inesquecível do que tudo o mais tido como real numa vida inteira.
Doenças, desarmonias intrafísicas, fracassos, carências, egoísmo e temores foram minimizados a uma existência microscópica por outra verdade imensa que sobrepaira. Não há razão de ser, nem valem a pena o radicalismo, a intransigência, a ortodoxia, os excessos. Por que as situações conflitantes, os choques por mínimas razões, as insensatezes de um minuto, as vaidadezinhas, as obstinações negativas na vida humana passageira? Melhor a orientação político-liberal, o otimismo perante a vida, a participação no esforço da comunidade, a independência perante a opinião pública, a mente aberta ante as renovações, a maturidade plena de coerência nas atividades.
Como conciliar essa realidade candente e constante com as triviais atribulações? Como conviver com os hábitos diuturnos e as exigências do soma? A força da reflexão cresce de importância, tudo deriva do pensamento. As maiores dores e percalços da existência humana de tão insignificantes desaparecem como ridículas, infantis, fantóchicas à frente dessa paz pura e dessa felicidade gratuita. Tudo está sob controle onipresente e onisciente. Abaixo a lágrima, viva o sorriso! A poesia da dor caducou. Há bom humor até na multidimensionalidade. Além das reprises ideológicas, há de se aprofundar as teses evolutivas universalistas. Imperioso preparar-se para a vida cósmica, na convivência com o Universo, renunciando ao bairrismo planetário. O desentendimento religioso perde a sua razão de ser em qualquer nível. A criatura não mais acredita, ela sabe. Não tem apenas a crença ou a fé, ela dispõe do conhecimento no rumo da consciência contínua.


Waldo Vieira.
Projeções da Consciência: diário de experiências fora do corpo físico.
Capítulo 60, paginas 201 a 208.