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1 de dezembro de 2011

Crianças entrevistam Waldo Vieira


Uma Aula de Conscienciologia

Por Denise Paro.

Crianças e adolescentes, de 5 a 14 anos de idade, participantes da Dinâmica Bioenergética para Crianças e Pré-adolescentes, coordenada pelo epicon Moacir Gonçalves, entrevistaram o prof. Waldo Vieira, em fevereiro de 2008, no Holociclo.
Esta foi uma das atividades que fez parte da rotina semanal de encontros destes recentes intermissivistas pré-ressomados. Todos os sábados, são realizadas práticas bioenergéticas, parapsíquicas, mentaissomáticas, dinâmicas interativas, entre outras, para esse público seleto.
Uma equipe de professores acompanha o trabalho, que, de modo bastante variado, incentiva o desenvolvimento parapsíquico, o senso de grupalidade, a intelectualidade e a auto-suficiência energética das crianças e seus responsáveis.
O tema predominante da entrevista foi epicentrismo consciencial. Mas durante a conversa, os repórteres-mirins perguntaram sobre vários outros temas da Conscienciologia, resultando em uma verdadeira aula. Participaram da entrevista: Adam Marinello, Ananda Schimidt, Arissa Onishi, Brenda Marinello, Briani Marinello, Caio Assis, Diana Bergonzini, Eiki Onishi, Guilherme Silva, Henrique Silva, Isabela Peres e Melissa Guzzi.
Leia os principais trechos:
Ananda: Por que existem mais epicons homens do que mulheres?
Waldo: É a oportunidade de trabalho. Os homens às vezes têm mais responsabilidade e aparecem mais. Por exemplo, dirigem cursos com muita gente, tomam conta de coisas maiores, em matéria de serviço, trabalho, departamento, sessão. Na vida humana o homem é quem lidera as coisas em primeiro lugar, depois vem a mulher. A mulher lidera mais a casa e agora está se equiparando ao homem. Isso não é correto porque existe mais mulher do que homem e as mulheres deviam dominar. Elas chegam lá. Há diversas candidatas a “epicoa”, a “epicona”.
Arissa: Queria saber se você fez alguma gescon?
Waldo: Fiz alguma coisa, por exemplo, escrevi um livro chamado Projeciologia. É uma gestação consciencial. Trabalhei 19 anos para fazer o livro e preparar a Conscienciologia. Viajei demais, fiz pesquisas em vários países, até no Oriente – Japão, China.
Melissa: Qual a dificuldade em ser um epicon?
Waldo: A maior dificuldade é dominar as energias negativas. Por exemplo, o egoísmo, a raiva e o fato da pessoa não se dar bem com alguém. A coisa mais séria que o epicon precisa fazer é dominar o parapsiquismo. É conhecer o processo da energia, da clarividência. Mas não adianta dominar isso se as emoções estão perturbadas. Criei uma palavra que chama pertúrbio. É a perturbação da pessoa com o distúrbio que ela pode exercer sobre os outros. Um epicon não pode ter e gerar pertúrbio.
Diana: Quantas vezes você faz Estado Vibracional (EV)?
Waldo: Faço EV toda hora que preciso. Depois que sentei aqui já fiz umas 5 vezes. Faço EV o dia inteiro, o ano todo
Guilherme: Quando foi sua primeira projeção lúcida?
Waldo: Vivencio projeção lúcida desde pequeno. Comecei a estudar as projeções conscientes em 1941, tinha 9 anos de idade.
Henrique: Quantas vezes você já se projetou de forma lúcida?
Waldo: Muitas vezes. Não tenho idéia do total. Comecei em 1941, faz o cálculo. Agora, não se deve viver só fazendo projeção, senão você perde o foco, o interesse das tarefas físicas. Então, é preciso haver o equilíbrio.
Brenda: Como você vê o epicon?
Waldo: Vejo como uma esperança para que os voluntários da Conscienciologia caminhem mais. Mas o epicon ainda tem alguns altos e baixos. O mais sério é alcançar a desperticidade.
Ananda: Qual foi sua maior dificuldade para se tornar epicon. Mas não só a sua. Qual você acha que é a maior dificuldade para se chegar a epicon?
Waldo: É a pessoa organizar a vida com detalhes, ter equilíbrio, acertar tudo. Ela tem que acertar praticando tenepes. Como o epicon vai chegar ao epicentrismo sem a tenepes? Além disso,é preciso haver uma organização maior devido aos fenômenos parapsíquicos, o contato com as consciexes.
Eiki: Você já teve precognição?
Waldo: Já. Fiz, uma vez, um laboratório de precognição com respeito à China. Serviu de retrocognição, simulcognição e precognição. Na retrocognição você lembra do passado. Na simulcognição, por exemplo, estou aqui sabendo o que está acontecendo em Cascavel e Curitiba, simultaneamente. A precognição é a mais difícil. A mais fácil é a retrocognição. Mas veja, em uma precognição comum, vulgar, rotineira ocorrendo muito por aí, por exemplo, a pessoa diz: ‘vai acontecer um acidente’, mas ela não sabe localizar, não percebeu o local da ocorrência. Trata-se de um dos fenômenos mais comuns, a intuição, a inspiração.
Eiki: Você já teve precognição quando era criança?
Waldo: Quando era criança via muita coisa, mas o que chamava atenção eram lembranças de antes de ter nascido. Aquilo provocou um impacto em toda a família.
Melissa: Como você sente quando faz EV?
Waldo: Sinto-me bem, tanto durante quanto depois do EV. Faço assimilação energética imediata. Agora há pouco, antes de vocês chegarem, apliquei um arco voltaico, isso é mais do que o EV.

“Interessa é a qualidade, a intenção, a força de vontade da pessoa. O maior poder que você tem é a vontade”.

Arissa: Qual a diferença do campo energético do homem e da mulher?
Waldo: Não há diferença. Isso é gênero, masculino ou feminino. A consciência não tem gênero, não tem sexo. O que interessa é se a consciência em si está equilibrada para dominar o campo de energia. Se o holopensene, a atmosfera é equilibrada. Interessa é a qualidade, a intenção, a força de vontade da pessoa. O maior poder que você tem é a vontade.
Eiki: Qual é o seu megatrafor e seu megatrafar?
Waldo: Meu megatrafar é a ignorância. O megatrafor: sou uma pessoa mais ou menos calculista, mas é um calculismo positivo. Você pensar no que vai fazer, sabendo o que está a frente e atrás, isso é o mais importante. Tenho ignorância, mas não sofro com isso porque estou fazendo força para melhorar, então me sinto bem. Mas eu queria saber muito mais, principalmente do ponto de vista extrafísico. Por exemplo, sobre alguns de vocês aqui sei alguma coisa, mas de outros não. Gostaria de chegar perto da pessoa e saber tudo, quem foi, como foi, de que modo foi. Então ignorância significa que a pessoa não estudou. Por isso tenho tantos livros, dicionários. Vocês já têm algum dicionário? Levanta a mão quem tem dicionário próprio? Só três, é muito pouco. Pegue o dicionário, escreva seu nome, a data que recebeu e risque todas as palavras que você consultar, para você não esquecer. Isso ajuda muito.
Melissa: O que o epicon faz?
Waldo: Ele faz o desassédio interconsciencial. O heterodesassédio – o desassédio dos outros. Primeiro deve-se fazer o autodesassédio para depois fazer o dos outros. Com isso, ele articula as manifestações pensênicas, aquilo que a pessoa faz, as ações, as atitudes, as posturas. Assim a consciência passa a liderar certos trabalhos conscienciais. Isso é importante. Liderar, estar à frente, dirigir. O epicon é um gestor, do ponto de vista multidimensional, parapsíquico, extrafísico e intrafísico.
Ananda: O epicon pode regredir com o passar do tempo?
Waldo: O epicon às vezes regride, em torno até do passado pessoal, nesse caso ele está assediado. O processo é reagir. Fazer muito estado vibracional, entrar em contato com outro epicon que esteja com boas energias se está fazendo, fazer uma revisão das atitudes pessoais e olhar principalmente as emoções, perguntar: o que fiz de errado, o que me levou a isso? Qual a causa?
Eike: Qual técnica você aplicou, invéxis ou recéxis?
Waldo: Apliquei a invéxis e depois a récexis. Sou reciclante porque me casei aos 42 anos para ajudar meu irmão, agora meu atual filho. Apliquei a técnica da invéxis desde rapazinho.
Brenda: O que mudou a partir do momento em que você se tornou epicon?
Waldo: A vida mudou devido à retrocognição, aos fenômemos parapsíquicos – clarividência, retrocognição, projeção. Aos 14 anos, em 1946, já sabia tudo o que ia fazer. Já tinha idéia da programação existencial. Pensei em estudar cada vez mais, fiz vários cursos, acabei o ginásio, fiz o científico, Odontologia, depois Medicina e resolvi estudar fora do Brasil. Estive no Japão, nas Filipinas, na China e em Holywood. Conheci a Lana Turner, a maior star do cinema da época, estive no camarim dela. Hollywood tem de tudo. Alguns atores são equilibrados, mas a maioria não é. É o lugar que conheci onde existe mais assédio interconsciencial, igual área de tóxico, de traficante.
Melissa: Quando você começou a trabalhar com a Conscienciologia?
Waldo: Quando era pequeno, mas não sabia o que era isso. Em casa começaram a falar para eu tocar um instrumento musical. Mas já pequenininho dei o contra. Não queria mexer com música, já fiz isso em vidas anteriores. Eu quero trabalhar com a cabeça que é o foco da Conscienciologia. Isso foi em 1936/37. Meu pai tocava flauta, minha mãe tocava bandolim e acordeon, minha tia tocava violino. Na época havia cinema mudo, e tinha que organizar uma banda para o fundo musical. Minha família fazia o fundo musical do filme mudo.

“A pessoa só começa a dominar o corpo aos 7 anos.
E o corpo só fica pronto aos 26”.

Arissa: O que te ajudou a ter parapsiquismo desde criança?
Waldo: Todos vocês já mexeram com parapsiquismo em vidas anteriores. No meu caso vivenciei isso mais cedo. Depois que nasci chorei demais, porque nasci a base de fórceps, não é cesariana que corta a barriga da mãe e tira a criança. Com isso, quando um menino chora muito mais oxigênio é direcionado para a cabeça e ele pensa e, assim, amadurece mais depressa. Essa maturidade cria o parapsiquismo. Até os 7 anos, a pessoa não é nem daqui e nem da outra dimensão. A pessoa só começa a dominar o corpo aos 7 anos. E o corpo só fica pronto aos 26. Essas coisas aconteceram comigo antes dos 7. Por exemplo, entre os quatro e cinco anos aprendi a ler e escrever e fazia cartas. Minha mãe era professora e ela me ensinou. Quando fui estudar o curso primário, já sabia bastante, mas tive que fazer o curso. Foi bom, ampliou o conhecimento. Mas fiz porque era obrigado, senão eles não me conferiam o diploma. Havia um exame de admissão do curso primário, para saber em qual classe seríamos alocados: avançado, médio ou outra inferior. Fiz o exame com mais de 300 meninos, todos da mesma idade, por sinal, eu era até mais novo. Só podia entrar com 7 anos e entrei com 6 porque faço aniversário em abril. Passei na frente de todos porque tinha estudado demais. Minha mãe era rigorosa, eu fazia dever de casa todo dia. Gostava de ler, de escrever cartas, de fazer pedidos pelo correio. Isso fazem 70 anos.
Ananda: Você teve algum grande desvio na sua vida?
Waldo: Tive, por ter trabalhado demais, era um workaholic. Aos 28 anos, quando estava terminando Medicina tive um enfarte. A gente tinha que fazer assistência demais e aquilo nos empolgava. Também nunca tinha tido pressão alta, estava muito bem, predisposto. O fator da genética preponderou, minha mãe era hipertensa. Agora, isso me ajudou muito porque mudei minha vida. Deixei de ser um workaholic, aí comecei a acertar a vida, o trabalho. Os médicos falavam para mim: se você continuar assim daqui um ano você vai embora. Mas com o passar do tempo, com o processo de rememoração, comecei a estudar o macrossoma e já sabia que tinha um. Há uns 15 anos, cardiologistas examinaram meu coração e não notaram sinal de infarto. Eu consegui reverter o processo. Mas tenho hiper tensão e até hoje preciso de remédio. Em relação a vida pessoal gostaria de dizer que havia 6 turmas que queriam fazer minha biografia, mas se fizesse isso antes, iria chamar a atenção para a pessoa e não para as idéias. Minha pessoa é secundária, o que interessa são as idéias. Chegou a um ponto que as coisas estão estabelecidas. A enciclopédia já está encaminhada, tenho vários livros publica dos. Hoje há muita confusão a respeito das coisas na internet, blogs e Orkut. As pessoas divulgam coisas que não falei. Então é oportuno haver uma biografia para mostrar a realidade pessoal.
Arissa: O que é a gescon, além de livro?
Waldo: Você pode construir uma grande obra, por exemplo, um monumento, uma casa, um palácio, uma universidade, isso é gescon. Por exemplo, a reunião de todos aqui construindo um verdadeiro campus universitário que é o CEAEC. Tem uma turma construindo o Discernimentum e outra vai fazer a Vila Conscientia, tudo é gestação consciencial, não é a gestação humana, não está criando filho. Por exemplo, lembro em vidas anteriores nas quais fiz construções que estão em Paris até hoje. Mas também existe livro, que escrevi no passado, gestação consciencial gráfica em vida anterior.


Jornal do CEAEC – ano 13, nº 155, Foz do Iguaçu, junho de 2008, PR – Brasil.

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