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5 de julho de 2011

Entrevista com Moacir Gonçalves

Entrevista - Prof. Moacir Gonçalves

Aproveitando o lançamento do livro "Dinâmicas Parasíqui-cas", recentemente publicado pela Editares, em 2011, segue abaixo uma entrevista com Moacir Gonçalves, epicon e um dos autores da obra. Essa entrevista foi originalmente publicada no site recéxis - recexis.org




Encontro com a Projeciologia

Recéxis. De que modo eram suas projeções conscientes?
Moacir Gonçalves. Tinha bronquite asmática e quando sentia falta de ar, saía do corpo (projeção consciente), e me via volitando. Voltava para o corpo, sentia-me muito bem. Melhorava, aliviava. No mais, era tratado com “chazinho” e outros recursos usados antigamente.

Recéxis. O que você estudava, na época?
MG. Quando fui para São Paulo, comecei estudar sobre Espiritismo. Li todos os livros de André Luis, psicografados por Waldo Vieira e Chico Xavier, tudo relacionado à materialização, inclusive assuntos ligados à projeção consciente; por exemplo: Lobsang Rampa, Ivone Pereira, e outros livros e revistas sobre o assunto.

Recéxis. Como conheceu a Projeciologia? (Naquele tempo, não havia Conscienciologia)
MG. Certo dia, estava numa livraria em São Paulo e encontrei o livro Projeções da Consciência. Comprei o livro e sentia vontade de chegar em casa logo, para ler. Assim que cheguei em casa, comecei a ler o livro na cama e pensei: é isso aqui! Senti um fluxo de energia no meu frontochacra e tive uma projeção, com rememoração em bloco. Na projeção, por todo local que passei, sentia que estava sendo orientando mentalmente. Percebia o local por onde ia, passei numa praça, tinha uma quitanda de frutas. Quando quis perguntar onde ficava uma determinada praça, veio na minha mente: "não pergunte para o Japonês, pergunte para a moça!" Fiz a pergunta e ela indicou com a mão. Quando me dirigi para a rua indicada, percebi passar para uma outra dimensão e fui flutuando próximo ao chão até chegar a outra praça, onde apareceram duas consciexes, um homem e um garoto moreno. Na hora, materializou-se em minha mão um facão largo (desses de cortar cana de açúcar) e o homem transmitiu-me a seguinte mensagem: "Isso, aqui, não apita nada. Bata na palma da minha mão." Sem perder a lucidez, voltei ao corpo com muita energia e a rememoração em bloco da projeção.

Recéxis. De que modo você conheceu o pesquisador Waldo Vieira?
MG. Um mês depois, fui comprar jornal, na banca, e vi o anúncio sobre uma palestra gratuita com Waldo Vieira, na Sociedade Espírita Ramatis, em Santana. Ah! Não deu outra, né? As palestras eram no quarto domingo de cada mês. Cheguei lá e “os amparadores me colocaram sentadinho” e fiquei lá. No mês seguinte, cheguei mais perto do professor Waldo. Ele atendia e eu gostava do que via e percebia. Sentia ser tangenciando para perto dele. Eu só ouvia, ouvia.

Recéxis. E, depois?
MG. Passaram-se cerca de dois meses, eu estava indo de São Bernardo para São Paulo para a palestra. Desci do ônibus Expresso Brasileiro bem em frente à rodoviária. Quando vi, lá vinha o professor Waldo. Na época, não tinha barba, usava camisa de seda com manga curta. Parou diante de mim, cerca de 10 metros, abriu os braços e senti as energias chegando na minha psicosfera. Ele perguntou-me: "você já almoçou?" Eu disse não. Então ele disse: “você é meu convidado para almoçar”. Nós entramos no restaurante da rodoviária. Ele serviu-se de carne. Eu perguntei: você come carne? Ele explicou-me o porquê: passou 18 meses sem comer carne e sentiu sua memória falhar. Se você passou uma parte da vida comendo a proteína da carne, e pára de repente, isso traz consequências à memória. Eu tinha lido o livro Desobsessão, que me chamou atenção, queria trabalhar com aquilo. No livro, recomendava-se não comer carne nas secções de materialização. Desde então eu não comia frango, nem carne vermelha. Vinha evitando tudo o que fosse carne, por mais de três anos.

Recéxis. No restaurante, você teve outro tipo de percepção energética?
MG. Percebi que ele prestou assistência à garçonete; pois, exteriorizou energias conscienciais para ela. Pensei que seria para tirar algum bloqueio energético ou assédio.

Recéxis. O que mais você aprendeu?
MG. Ele disse para eu olhar na cabeça das pessoas e não na pessoa em si. Por quê? É no mentalsoma que está o discernimento, as ideias, se você melhora a cabeça, melhora o resto.

Recéxis. Ele fez algum tipo de “recomendação”?
MG. Pediu para eu exteriorizar energias conscienciais (ECs) em tudo o que pudesse.

Recéxis. O que aconteceu?
MG. Comecei jogar energias, até dentro do metrô, na feira-livre e outros ambientes. Quando a gente é “casca grossa”, a EC vai e vem e você não percebe a realidade porque ainda falta experiência e vivência. Mas tudo bem, mesmo assim continuei experimentando. De acordo com o princípio da descrença: "não acredite em nada. Nem o que ler nesta entrevista. Experimente. Tenha suas próprias experiências!".
Uma coisa é você exteriorizar energias na Dinâmica Parapsíquica. Quando extriorizava rua, no condonímio, a pessoa melhorava e eu sentia o impacto. Com o tempo, foi melhorando. Me encaixei no grupo dos primeiros voluntários da Projeciologia e estou aqui até hoje.

Recéxis. Então, você foi um dos pioneiros da Projeciologia...
MG. Naquele dia, conheci outros colegas: Wagner Alegretti, Samuel de Souza. Estavam lá 4 pessoas. Houve época em que uma das práticas energéticas era pegar nas mãos das pessoas e exteriorizar energias. Depois, cada um falava o que sentiu. Hoje (2009) não fazemos mais isto. Era um desbloqueio visceral.

Alimentação carnívora

Recéxis. Voltando ao assunto alimentação, o que mais Waldo Vieira disse?
MG. Como eu disse ele passou 18 meses sem comer carne e teve problemas com a memória. Levou tempo para recuperá-la. Depois desta explicação, aos poucos, fui voltando a comer carne e hoje entendo. Se você passa pela experiência, depois acerta. Não é a carne em si: é o excesso de carne, é o problema da idade e outros fatores. Comia carne há mais de 40 anos; e, de repente, parei. Já pensou a repercussão? Agora, se a pessoa nasce numa família em que não se alimenta de carne; ou se, desde criança, não ingere este alimento, as repercussões são menores. Você segue o fluxo normal.

Recéxis. Você se sentia bem?
MG. Chegou num ponto em que entrava num supermercado e, ao passar pelo setor de carnes, sentia agulhadas no corpo. Ao deixar de comer carne, você fica mais sensível, light e sente mais as energias. Tinha “outro porém”: na hora do almoço, tinha dificuldade em escolher o que comer. Não tinha muita opção.

Recéxis. Valeu a experiência?
MG. Valeu. Hoje (abril de 2010) sei pela própria experiência: diminuir a quantidade de carne vermelha, ingerida, duas a três vezes por semana, intercalada pela carne branca é mais saudável. O professor Waldo recomenda também a dieta frutariana. Com isto, nossa evolução caminha a tal ponto, que esses conhecimentos favorecerão algum setor da sociedade, para determinadas circunstâncias da vida.Não sou contra carne, não sou contra quem não come carne: a única coisa é que a gente deve evitar os excessos. Nunca pratiquei muitos exercícios físicos. Hoje estou pesando mais e tenho que tomar cuidado. Comia de tudo, nunca tive problemas. Hoje faço restrições alimentares. Não tomo mais leite e evito derivados; porque operei a vesícula e você sabe, a digestão é mais lenta.

Do Espiritismo à Conscienciologia

Recéxis. Agora fale sobre a transição do Espiritismo para a Conscienciologia.
MG. Houve época em que ia ao Centro Espírita e ao mesmo tempo assistia palestras do professor Waldo. É lógico que o conhecimento da Projeciologia causou maior impacto em mim. Mas, também fazia parte do Centro Espírita. Era um lugar onde fazia esclarecimento; como se fossem aulas.

Recéxis. Então, o que aconteceu?
MG. Comecei a levar o conhecimento (da Projeciologia) e aplicar no Centro Espírita. Aquilo começou a dar resultados e as pessoas passaram a fazer perguntas. E deu problema. Os médiuns mais antigos começaram a criar problema comigo. Um dia, estava dando passe, e tive expansão da consciência. Senti o holopensene do local, o que as pessoas pensavam, e continuei até o final do expediente. Vi a incompabilidade entre a política do Centro Espírita e o esclarecimento. Quando terminou, decidi: não volto mais aqui. No dia seguinte, fui me despedir de uma senhora com a qual eu tinha mais afinidade. O copinho de café começou a pular sozinho. Quando eu saí, algumas dúvidas ficaram na minha cabeça. No dia seguinte, fui trabalhar. Pela manhã senti um padrão de energia entrar pelo coronochacra e foi entrando, entrando, chegou até altura do peito e implodiu. E, tive uma espécie de expansão do mentalsoma. É como se eu tivesse lembrado, entendido e tivesse tomado consciência da minha consciência. De modo mais pontual. Passei a compreender as dúvidas que tinham ficado na noite anterior. Então entendi: Jesus Cristo, as religiões, ficou claro para mim que somos muito mais que tudo isso. Passaram-se alguns segundos. Voltei para o corpo e, em pé, senti uma “inundação de energia".

Chegada ao Centro de Altos Estudos da Conscienciologia - CEAEC

Recéxis. O que foi mais difícil nessa jornada de 14 anos no Centro de Altos Estudos da Conscienciologia - CEAEC?
MG. Saí do Instituto Internacional de Projeciologia, em São Paulo, e vim para Foz do Iguaçu no dia 4 de julho de 1995. O mais difícil, no começo, foi a interação com as pessoas. Hoje em dia (abril/2009), isto mudou “da água para o vinho”. As pessoas melhoraram. Existiam grupos com divergências de conceitos básicos, até mesmo a noção entre tarefa do esclarecimento (tares) e a tarefa da consolação (tacon). Tinha o grupo que fazia parte da antiga Cooperativa do IIPC e também havia os antigos moradores do local, com toda uma estrutura rudimentar de chácara, com sua fauna peculiar: cachorros, gatos, aves, suínos, e também as plantações (sem falar nos bastidores extrafísicos), era tudo aberto sem muros. Eu também fazia parte da Cooperativa, é lógico.

Recéxis. Nesse período, certamente você superou dificuldades.
MG. Tenho certeza de que superei a maior dificuldade. Não tinha antes muita instrução (escolaridade formal), mas era autodidata. Cheguei a fazer segundo grau, entrei na faculdade de Economia, fiz 3 anos, mas não cheguei a me formar, pois precisava trabalhar. A maior parte do pessoal da Conscienciologia tinha diploma. Eram advogados, engenheiros e, de certa forma, mais "bem de vida". Por isso, tinha certo receio, certo acanhamento. Embora tivesse noção de assistencialidade, era mais modesto, tipo low profile.

Recéxis. Há reciclagens lentas, concorda?
MG. Com o tempo, fui amadurecendo por meio da Conscienciologia e conhecendo as pessoas. Hoje, entendo aquelas pessoas, entendo a sociedade intrafísica (socin), entendo o significado da limitação do paradigma newtoniano-cartesiano, em relação ao paradigma da Conscienciologia e me entendo na condição de consciência perante outras pessoas. Hoje reconheço que participei de curso intermissivo e entendo a razão de ter nascido no lugar onde nasci.

Histórico das Dinâmicas Parapsíquicas

Recéxis. Como foi o início das Dinâmicas Parapsíquicas?
MG. Em 2003, quando faltava um mês para terminar a construção do Acoplamentarium, tive vontade de ir até lá (local da construção do laboratório citado). Encontrei outra pessoa, que hoje não está mais na Conscienciologia. E nós começamos a fazer a energização: um ajudando o outro.

Recéxis. De quanto em quanto tempo?
MG. Íamos lá todos os dias, durante uma hora por dia, no mesmo horário, exteriorizando e movimentando as energias com os chacras. Quando chegou o último dia, (quando a obra seria fechada para ser preparada para a inauguração) tive uma extrapolação: houve a expansão das energias pelo coronochacra envolvendo o ambiente e nos sentimos muitíssimo bem.

Recéxis. O que aconteceu depois que o Acoplamentarium foi inaugurado?
MG. Quando terminou o período em que o local ficava vazio, a gente não tinha mais onde fazer os exercícios energéticos. Na ocasião, não havia Dinâmica: eram técnicas de manipulação de EC. Mas, o salão de eventos estava sem uso e eu tinha a chave de todas as dependências do CEAEC. Então, comecei as reuniões, junto com essa pessoa e mais alguns voluntários interessados, que foram aparecendo, e o trabalho foi ampliando.

Recéxis. Você era epicon (epicentro consciencial)?
MG. Num dia, tinha Acoplamentarium e o professor Waldo era o epicon. A amparadora do CEAEC e da Conscienciologia, Rose Garden, pediu para o professor para dar-me um recado, por meio de uma pessoa que estava no curso: “custasse o que custasse, acontecesse o que acontecesse, era para eu continuar com os trabalhos que estava fazendo, porque estava ajudando muita gente”. A partir desse momento, começaram a surgir muitas perguntas nas tertúlias, que eram no refeitório: por que o Moacir? Por que isto? Por que aquilo? Foi quando o professor Waldo afirmou: a partir de agora, o Moacir é o epicon das Dinâmicas e dos trabalhos de energia. Aí, oficializamos a Dinâmica da Clarividência facial. Criei primeiro uma Dinâmica para o desenvolvimento da clarividência, depois fui criando outras. Chegou num ponto que mantinha 11 Dinâmicas semanais, às vezes 2, outras 3 vezes por dia. Hoje em dia, todas as Dinâmicas continuam, porém, deleguei para alguns colegas e mantenho apenas 4, duas sobre Desperticidade, uma sobre Bioenergética para Crianças e Adolescentes e outra Avançada em Bioenergética, para desenvolvimento do epicentrismo.

Participação no curso conscin-cobaia

Recéxis. O que você acha de os epicons participarem do curso conscin-cobaia, conforme sugerido pelo Prof. Waldo?
MG. Penso o seguinte: realmente, o Professor tem razão. Quando a pessoa entra na condição de conscin-cobaia, de acordo com o meu modo de pensar, ela está fazendo o striptease consciencial dela, dentro daquilo que está no livro Conscienciograma.

Recéxis. Os “novatos” não conhecem o livro Conscienciograma.
MG. O Conscienciograma é medida da consciência (ego, ser multidimensional), e gradativamente ele mostra todas as facetas da consciência, de acordo com as 2.000 perguntas colocadas no livro. Então, são 100 folhas de avaliação, cada folha de avaliação tem 20 temas. Do lado esquerdo, são as perguntas mais relacionadas ao pré-desperto e do lado direito às questões mais avançadas (entre o desperto e o serenão). Então tem essa gradação.

Recéxis. Estas avaliações pessoais e grupais geram reciclagens?
MG. Penso que o maior percentual de reciclagem que a conscin faz é no conscin-cobaia; porque você faz uma catarse, mesmo inconsciente, junto com os participantes. Isso enriquece a própria pessoa, os participantes, a própria CONSCIUS e o trabalho deles. Vai eliminando as fissuras da consciência e, gradativamente, vão sendo eliminados os nódulos. Isto faz com que a conscin cresça; ela faz recin na prática. Eu acho que a coisa mais importante no conscin-cobaia é identificar os traços-fardos e os traços-fortes da pessoa. Isso é o mais sério.

Recéxis. A seu ver, qual é a dificuldade de a conscin enfrentar o conscin-cobaia?
MG. Pelo o que a gente vê, antigamente era mais complexo, hoje já conseguimos ler nas entrelinhas a ideia do Conscienciograma. Porque o próprio Conscienciograma hoje em dia está mais estudado, já foi mais visto. Com isso, a própria Conscienciologia ficou mais clara, ficou mais aberta. Para nós, que estamos no dia a dia “dentro da Conscienciologia”, está clareando: Já é possível ver uma luz no final do túnel. O que era tabu no começo, hoje em dia não é mais. Isto facilita às pessoas. As Dinâmicas também têm ajudado muito neste sentido, não é? Nós temos 11 dinâmicas. Cada uma, com uma especialidade. Por exemplo, tem a da Desperticidade, que estuda o Conscienciograma e os verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia. Isto faz 3 anos. A CONSCIUS também estuda o Conscienciograma, tem uma profundidade muito grande. E vários destes cursos também fazem com que a lucidez da pessoa venha à tona. Ela relaxa os hemisférios cerebrais perante a realidade. Então, vem à tona os traços-fardos, trafares, e os traços-força, trafores.

Recéxis. E o que dizer sobre a Consciencioterapia?
MG. Olha, eu não posso dizer muito da Consciencioterapia, porque não é minha especialidade. Entretanto, todos nós dentro da Conscienciologia estudamos a Consciencioterapia. Entendemos o trabalho deles. Dentro do nosso trabalho na Dinâmica da Desperticidade, há, de alguma forma, uma reciclagem profunda. Não porque buscamos isto diretamente. Ela acaba sendo ínsita, natural dentro desse enfoque, porque, ao estudarmos o Conscienciograma item por item, com debates, com o tempo as pessoas vão se afinizando com o grupo e vão se expondo mais, se abrindo mais; com isto, ela acaba se reciclando mais intimamente. Não deixa de ser um tipo de Consciencioterapia. Porém, nós não somos especialistas nesta área. Casos mais críticos são encaminhados à OIC.

Após 14 anos de Conscienciologia

Recéxis. E, após 14 anos de Conscienciologia, o que dizer?
MG. Para mim, a Tertúlia, hoje em dia, acaba difundindo mais a Conscienciologia. Não só para os intermissivistas e para os conscienciólogos, mas também para a sociedade humana, socin. A socin está interagindo mais, conhecendo mais as pesquisas da Conscienciologia através das perguntas on-line.

Recéxis. Que tipo de trabalho é este?
MG. É um trabalho para longo prazo. Trabalho do conscienciólogo. É a maturidade da Conscienciologia. Isso é a Conscienciologia. O Prof. Waldo tem apresentado temas variados milimetricamente. Colocando isto como esclarecimento. Na medida em que temos conhecimento, vamos criando esquemas aprofundados. O professor vai colocando paulatinamente os temas e nós vamos assimilando. No entanto, a maioria de nós já estudou no Curso Intermissivo.

Recéxis. O que você pode falar sobre Curso Intermissivo?
MG. Bom, hoje entendo o Curso Intermissivo. De certa forma, tenho algumas ideias, não como vivências ou lembranças, mas porque há 22 anos venho acompanhando a Projeciologia, com o Prof. Waldo. Tenho certeza de que fiz Curso Intermissivo, porque não teria conseguido ficar todos esses anos, às vezes, sozinho, “abrindo caminhos” em Foz do Iguaçu, ou mesmo em São Paulo, se fosse de outra maneira. Por outro lado, quando era mais novo, tinha projeção consciente e a “luz no final do túnel” era o Curso Intermissivo. Com o tempo, isso ficou mais claro. Quando o prof. Waldo falava que eu era da mesma procedência que ele, tinha dificuldade em entender. Hoje em dia, tenho esta experiência dentro de mim. Por quê? Devido às projeções conscientes, as extrapolações, a expansão (da consciência) que me mostraram essa realidade.

Parapsiquismo
  
Recéxis. Sobre a diferença entre parapsiquismo na tacon e na tares, o que dizer?
MG. Desde a infância, não tinha noção de tacon; mas, uma coisa dentro de mim chamava atenção. Era garoto e meus pais queriam que eu fizesse a primeira comunhão. Eu me lembro que cheguei à igreja, sozinho, no catecismo e pensava: tem alguma coisa aqui que não se encaixa dentro de mim. Mas, o advogado, o juiz, o presidente, o governador vêm à missa. Via o governador e não tinha respostas. Não tinha onde buscar a informação que eu queria; era a tares, esclarecimento. Só depois de casado, trinta e oito anos depois é que fui saber o que era a tares. Foi quando encontrei o prof. Waldo. Foi aí que eu aprendi: não preciso mais disto (tacon). Até aí, já tinha um ranço que é da religião, Jesus Cristo e todo esse processo.

Recéxis. Quais as características do parapsiquismo na tares?
MG. Olha, é aquilo que eu vinha dizendo, tinha parapsiquismo dentro da tarefa da consolação, na religião. Que é o conceito do Espiritismo, da religião, pode confundir com Filisofia, da caridade. Hoje em dia, a gente tem alguma caridade e alguma descaridade, nesse sentido. Tares é o esclarecimento. Na Tacon existe uma predominanância de misticismo dentro do parapsiquismo; que sempre existiu e existe ainda.
O que se vê no parapsiquismo, fora da Conscienciologia, é uma tendência ao misticismo. Há má interpretação, falta de esclarecimento, aquilo é levado numa exacerbação; falta conhecimento da verdade relativa de ponta.

Recéxis. E qual é o foco do parapsiquismo na Conscienciologia?
MG. A multidimensionalidade está aqui, aí, permeia tudo. Então, o parapsiquismo faz parte de nossa vivência diária. Como a Conscienciologia aborda o parapsiquismo? Tem colocado como vetor de evolução, vetor de esclarecimento, de ponderação, de discernimento. Prioriza a consciência e não o corpo físico. Então, o parapsiquismo valoriza a consciência real em si e não só como aparenta na socin.

Estado de desperticidade

Recéxis. O que pode dizer sobre o estado de desperticidade?
MG. Sou mais otimista em relação à desperticidade. Por quê? Por que nós podemos numa vida chegar à desperticidade; se não chegar, é porque a pessoa não quer. Então, fraquejou. Mas, se ela fizer por onde, em 20 anos, pode chegar ao estado de desperticidade. É uma coisa real; porque se desenvolve de modo gradativo. Você faz esclarecimentos, vai ter mais discernimento, maior domínio das ECs, do parapsiquismo, da comunicação, vem o epicentrismo. O epicentrismo te dá algumas “vantagens”, e te coloca na chapa quente, você tem que dar um curso especializado. Você mexe com energia, mexe com esclarecimento, mexe com debates, isso tudo dentro desse contexto. Outra coisa: tem o amparo. Então, você começa a compreender o amparo como uma coisa real, como uma situação natural dentro da evolução. A desperticidade te dá esse upgrade, para que você tenha esse conhecimento.

Recéxis. Qual é sua base para estudos?
MG. Estudo o Conscienciograma e os verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, com o foco no parapsiquismo. Aliás, não dá para escapar nenhum verbete. Todos eles têm a ver com a tares e com o parapsiquismo. Não dá para a gente ver tudo, embora estejamos acompanhando as tertúlias. Então, escolhi uma linha: a desperticidade. É essa linha que estudo, além disso, estudo o Conscienciograma, conforme comentei antes. Procuro aplicar isto no dia a dia, e o seguinte, nós só aprendemos doando a outras pessoas: é esclarecendo outras pessoas que vou me esclarecer. Se conseguir esclarecer através da ajuda dos amparadores, também consigo ser esclarecido. É lógico. Não tenho a pretensão de ser considerado desperto, ou garantir que vou chegar à desperticidade. Mas, quero chegar lá. Não estou preocupado em chegar à desperticidade, estou preocupado em fazer o máximo de esclarecimento. O resto é consequência.

Recéxis. A interassistência é caminho para a desperticidade?
MG. Sim, é através da interassistencialidade, por exemplo que eu e você vamos chegar à desperticidade. Muitas vezes, a gente não chega direto na desperticidade. Primeiro, nós chegamos as extrapolações. E quando a gente chega às extrapolações, essas extrapolações vão mostrar para você, um pouco da desperticidade na prática.

Recéxis. Que percentual de desperticidade você estima ter?
MG. Não sei quando vou chegar ao estado de desperticidade. Nem me preocupo com isso também. Vou ficando cada vez mais lúcido, mais consciente de mim mesmo,Essa autoconscientização dá tranquilidade, satisfação íntima. No curso de Extensão em Conscienciologia e Projeciologia 2 - ECP2, que tivemos em Gramado (antes de abril de 2009), tinha energia por atacado. Senti como se o frontochacra abrisse e saísse EC; clareou tudo e senti a expansão energias por atacado, com uma tranquilidade difícil de traduzir em palavras. Uma supertranquilidade. Uma acalmia impressionante, é isso que chamo de extrapolação.

Domínio energético

Recéxis. Sobre o domínio energético, o que você pode falar para a gente?
MG. Olha o domínio energético é factível a todas as pessoas que se predispõem a trabalhar com sinceridade. Fazer Estado Vibracional, EV, fazer assistência. É através da assistência que nós chegamos ao EV de fato. É o que eu tenho sentido. Se você fez só o EV, sem assistência, é uma ação predominantemente egoística. Quando você faz o EV pensando na assistência vem o amparo. Isso obriga você, cada vez mais a se especializar, por exemplo usar a atenção dividida na sua psicosfera. E isso faz com que você ganhe, gradativamente, passo-a-passo, algum “status” maior perante a multidimensionalidade. Até que isto se torne natural dentro da sua psicosfera. Penso ser por aí.

Gargalo

Recéxis. Qual é o maior gargalo que o reciclante pode superar?
MG. O maior gargalo é o medo da morte. São as prioridades que ele coloca. Se ele não colocar uma prioridade fica difícil. Qual é a prioridade maior? É o soma? É o dinheiro? É a evolução? É o patamar evolutivo? Essa é a reciclagem que a pessoa faz. É ela colocar a sua programação existencial (proéxis), à frente e buscar chegar àquele patamar que quer chegar.

Interassistência cosmoética

Recéxis. Você pode dizer mais alguma coisa sobre interassistência cosmoética?
MG. Eu penso que todos nós procuramos ser cosmoéticos. O que a gente tem a perder, ou a ganhar, dentro da interassistencialidade, são as companhias. Quanto mais você mantém as companhias em alto nível, mais você mantém os amparadores em alto nível. É isso que faz você avançar e priorizar esse ganho.

Traços pessoais

Recéxis. Quais trafores o ajudaram mais?
MG. Foi a persistência. Persistência, discernimento e ter coerência com aquilo que você acredita ser o prioritário.

Disponibilidade

Recéxis. Qual a sua maior dificuldade?
MG. Não sinto insatisfação, ódio, raiva, não sei o que é isso. A maior parte da dificuldade é comigo mesmo. Não me sinto magoado, nem comigo mesmo. Dificuldade é não ter aquilo que consigo ver. Quanto mais disponibilidade de assistir, mais vou alcançar meus objetivos.


Dia 24.04.09, sala da APEX.
Entrevistadores: Cláudio Monteiro e Nilza Gladis Martins.