ADVERTÊNCIA
OPORTUNA
28 de setembro de
1979, sexta-feira. Terceiro sono, deitei-me do lado direito às 2h 22min da
manhã, depois de breves exercícios. Os aparelhos dependurados na parede do
quarto de dormir marcavam 24 graus de temperatura, tempo variável e umidade
75%. Estes dados são anotados visando àqueles que desejarem estudar as relações
entre a atmosfera e a base física da decolagem das projeções.
A autoconsciência
voltou-me entre várias consciexes (seres extrafísicos) que afirmaram levar-me a
visitar distrito extrafísico distante. E, realmente, depois de passar por
diversos lugares e diferentes atmosferas, atingi a entrada de uma colônia
destinada ao tratamento de parapsicóticos.
Após algum tempo,
apareceu repentinamente no ambiente uma consciex alegre, vibrátil e plena de
vitalidade, que reconheci imediatamente como sendo José Pedro de Freitas, o
famoso e inesquecível sensitivo, Arigó.
A minha comoção
irrepressível foi enorme. Depois de algum tempo de refazimento da intraduzível
emotividade e acalmia dos pensamentos, ia lembrar à consciex Arigó as notícias
correntes a seu respeito na atualidade terrestre, como o telefonema do Eli, seu
irmão consanguíneo, semanas atrás; o longa-metragem sobre a sua vida que está
sendo rodado nos Estados Unidos e dezenas de outros assuntos, quando atravessou
os pensamentos e, na sua maneira característica, cortou-me rápido:
- Não! Não falemos
dessas coisas! Não me sinto bem falando de mim. A vida intrafísica é um pouco
complicada. Quero falar sobre suas projeções. Então, você é desses pijamudos
que andam por aí e que têm quiabo no psicossoma? Vamos, conta lá!
Tentei mostrar a ele
que era simples subalterno na condição de aprendiz dos Amparadores,
envergonhado sempre com os sofríveis desempenhos apresentados no serviço que
requer dedicação e vontade de acertar, mas ele interrompeu a elaboração de
minha conversa mental.
- Sabe, Waldo, me
disseram por aqui que você saiu voando que nem doido com seu filho. E outras
coisas. Vou lhe dar um recado: - Leve os trabalhos a sério. A projeção
consciente e os efeitos físicos estão na raiz de tudo. Sabe que tive muitas
projeções na minha vida, mas não houve tempo de ligar muito. A minha vida foi
muito atribulada. Não seja assim, leve o negócio a sério. É por aí que a
gente pode aprender mais.
Nisso chegou outra
consciex para se entender com ele que, deu para observar, atendia com paciência
e compreensão; apresentando-se mais moço e magro; de Arigó mesmo não tinha
nada, mostrava-se brilhante na inteligência e nos pensamentos ágeis e agudos.
Não estava na condição de enfermo ali, mas sim como assistente dos trabalhos de
socorro médico extrafísico em função ativa. Nem lembrava o homem que descartara
o soma, instantaneamente, em acidente automobilístico numa estrada de rodagem.
Depois de certo
período, e a conversação retomada, procurando receber e gravar as observações
feitas por Arigó, este pareceu-me desejar encerrar a entrevista, ao lastimar
fraternalmente:
- Bem que queria
volitar com você numa beleza de lugar que conheço, mas, você sabe, não posso.
Estou em serviço.
E vieram as
despedidas. Deixo aqui a consignação dos agradecimentos à consciex Arigó e aos
Amparadores que me permitiram esse encontro inesquecível de tanta significação,
com a advertência oportuna, motivo de muita ponderação para mim e análise dos
fatos sobre os erros de omissão, precipitação no processo de aproveitamento da
existência intrafísica e do intercâmbio das projeções.
xxx
Logo depois do
despertar, sobrevieram-me as lembranças da projeção séria e surpreendente da
noite que, estranhamente, se deu em paz sem qualquer sinal da
"campainha" de chamada do cordão energético. O relógio assinalava 4
horas e 13 minutos da madrugada. No quarto de dormir só se ouvia o barulho do
aparelho de ar condicionado vindo da sala do escritório.
Capítulo 28 do Livro
Projeções da Consciência.
Autoria
de Waldo Vieira.
* Download desse texto - link
* Download do livro Projeções da Consciência - link