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27 de dezembro de 2011
Encontro com Ser Desperto
Encontro com Ser Desperto
Foi publicada no ano 2.000 uma entrevista com o “Seu Manuelzinho” que, segundo o professor Waldo Vieira, era um ser Desperto, isto é, uma personalidade que na escala evolutiva é aquela que não sofre mais assédio ou interferências extrafísicas doentias. Essa condição da desperticidade (ser DESassediado PERmanente TOtal), foi a temática desse encontro realizado pelo conscienciólogo Jarbas Paranhos.
Passados mais de 10 anos dessa entrevista, o site Consciência Lúcida fez uma nova matéria com seu entrevistador, Jarbas Paranhos, atual voluntário da ASSIPI, sobre seus contatos com Manuelzinho. Na primeira parte dessa entrevista está a conversa com Jarbas, realizada no final de 2011, e a segunda parte contém a entrevista original e completa - contendo trechos inéditos ainda não publicados até o momento. Manuelzinho dessomou (faleceu) em 03 de Janeiro de 2006 com 92 anos.
Consciência Lúcida: Como surgiu a idéia de entrevistar o Seu Manuelzinho?
Jarbas Paranhos: Eu havia comentado com o Professor Waldo Vieira que queria realizar uma entrevista com o Manuelzinho desde que soube que ele era um Desperto. Como o Manuelzinho era um pouco reservado, achei que poderia conseguir mais informações por ser da mesma cidade que ele (Monte Carmelo) e já conhecê-lo desde criança. O Professor Waldo concordou e deu a dica: “Com o Manuelzinho é tudo na base da energia. Chegue firme com suas energias para que ele tenha confiança em você”. Então preparei um roteiro de perguntas básicas que pudessem caracterizar um Ser Desperto, mas sem ficar restrito a este roteiro, deixando que falasse à vontade. Procurei instalar o melhor E.V. que pude, assim como acoplar com o amparo e “fui”.
Consciência Lúcida: Qual foi a sua primeira impressão ao encontrar com o “Seu Manuelzinho”?
Jarbas Paranhos: Não criei muitas expectativas quanto a esta entrevista por já conhecê-lo desde criança. Minha Mãe sempre me levava para “tomar passe” com ele no seu Centro. Mas a impressão que mais guardo do Manuelzinho era de um homem muito forte, fisicamente forte, provavelmente devido ao trabalho duro nas ferrovias, e sempre muito sorridente. Quando ele sorria seus olhos pareciam de um oriental. Tinha grande força presencial e transmitia muita segurança nos trabalhos parapsíquicos do Centro, parecendo muito atento e concentrado em tudo. Lembro que, durante minha adolescência, passei alguns episódios graves de assédio extrafísico, então minha mãe me levava na casa do Manuelzinho e ele ficava algum tempo me olhando calmamente, dava um pequeno sorriso, e dizia: “Agora você vai para casa, toma um banho bem demorado e dorme. Amanhã você vai estar melhor”, e assim acontecia.
Consciência Lúcida: Ele citou, durante a entrevista, que envolta da casa havia um campo energético que não permitia a entrada de assediadores. O que foi possível perceber sobre essa questão?
Jarbas Paranhos: Fiquei muito surpreendido pelo holopensene acolhedor e fraterno que senti ao entrar em sua casa. Percebi que tinha muito amparo naquele momento e que tudo correria bem. Sentamos na varanda de sua casa, embaixo de uma árvore, e pedi permissão para gravar a entrevista. Ele concordou e fiz a primeira pergunta. Fiquei surpreso com a desenvoltura com que discorria sobre os assuntos, pois até então o considerava reservado e de poucas palavras. Ele ficou muito satisfeito de saber que a entrevista seria “pro pessoal do Waldo”. Em nenhum momento percebi qualquer alteração do holopensene tranquilo do local ou algum ataque extrafísico.
Consciência Lúcida: O que você achou das suas energias e das energias dentro do ambiente?
Jarbas Paranhos: As energias eram ótimas. Fiquei muito tranquilo e parecia que apenas “batia um papo” com um conhecido de milênios. Não houve nenhuma restrição de assuntos ou constrangimentos por parte dele.
Consciência Lúcida: Foi possível perceber se ele tinha uma especialidade parapsíquica?
Jarbas Paranhos: Exteriorização de energia e desassedialidade.
Consciência Lúcida: Quais as lacunas do Manuelzinho que mais chamaram a atenção?
Jarbas Paranhos: Em minha opinião, as principais são devido ao baixo nível intelectual decorrente da falta de uma escolaridade formal, que ele procurou corrigir com autodidatismo limitado pelo enfoque religioso. Outra coisa que percebi é seu uso basicamente intuitivo do Parapsiquismo, ainda não conseguindo ter uma visão técnica, mais anímica, sobre seu uso, parecendo atuar principalmente como médium. É incrível que alguém com sua energia, equilíbrio emocional e uma vida dedicada a assistencialidade, boa parte dela parapsíquica, não demostre uma maior vivência multidimensional, principalmente no que se refere à Projeção Lucida. Não acho que ele tenha “escondido o leite”, como se diz em Minas, mas a meu ver parecia desconhecer que possuía esta capacidade. Mas isto não passa de especulação de minha parte, pois é difícil avaliar estas características, principalmente no nível de manifestação de um Desperto.
Consciência Lúcida: Como analisa todos os seus trafores de Ser Desperto, com essa questão da baixa atuação intelectual nessa vida?
Jarbas Paranhos: Penso que foi o contingenciamento de uma mesologia muito desfavorável no campo de manifestação intelectual. Acho que ele fez muito dentro deste contexto restritivo. Veja na entrevista: era órfão, aprendeu sozinho a ler e os rudimentos da matemática, sempre trabalhou em serviços braçais pesados, teve oito filhos, sendo que um com graves problemas mentais, do qual cuidou até sua dessoma. Minha percepção era que ele tinha uma tranquila aceitação destas limitações, que ele atribuía a dívidas cármicas de erros cometidos em vidas passadas, que limitaram sua intelectualidade visando seu aperfeiçoamento em outras áreas de manifestação. Talvez a influência religiosa Espírita, dentro desta mesologia restritiva, tenha endossado certo conformismo advindo das idéias de expiação, tão propagadas no meio religioso cristão. Mas isso são especulações de minha parte. Apesar deste trafal intelectual ele encontrou no Espiritismo um veículo de expressão grupocármico de seus inúmeros trafores, muito adequado dentro da Tarefa da Consolação (Tacon).
Consciência Lúcida: Falando em Espiritismo, o que você percebeu da relação que ele ainda tinha com a religião?
Jarbas Paranhos: O Manuelzinho era um religioso espírita, mas com uma visão mais assistencial do que preocupado com as ortodoxias da doutrina. A meu ver o Espiritismo foi para ele um veículo de expressão de uma benevolência inata, dentro do contingenciamento que dispunha. Não podemos negar que, de certa forma, isso foi muito inteligente de sua parte.
Consciência Lúcida: Ele sabia algo sobre suas vidas passadas?
Jarbas Paranhos: Na entrevista ele disse que teve informações, através da psicografia recebida por sua esposa, que teve uma vida como escravo. Mas ele mesmo não se refere sobre retrocognições ostensivas, mas apenas uma percepção, algo intuitivo, de uma vida onde havia atuado de forma anticosmoética no campo intelectual e devido a isso ter tantas dificuldades atualmente.
Consciência Lúcida: Vocês conversaram a respeito da afetividade ou da sexualidade, que estão entre as maiores dificuldades e brechas para os assédios em geral?
Jarbas Paranhos: Não especificamente sobre isso. Mas pelo que o conheço, é fácil incluir a correta vivência destes temas dentro do que ele chama de virtude ou moral que, segundo ele, são os principais fatores de auto e heterodesassédio que possuímos.
Consciência Lúcida: Como entrevistador, você se sentiu em algum momento irritado ou desconfortável ao interagir com ele? Aconteceu alguma assistência durante esse período?
Jarbas Paranhos: Muito pelo contrário, minha tranqüilidade e o holopensene do local permaneceram imperturbáveis durante toda a entrevista. Realmente não queria que acabasse, pois geralmente sou muito ansioso e vivenciar aquela tranquilidade era muito agradável.
Consciência Lúcida: Havia mais pessoas presentes durante a entrevista? O que mais chamou a atenção dos demais?
Jarbas Paranhos: Não. Apenas nós dois, intrafisicamente. Penso que a platéia extrafísica tenha ficado satisfeita com o resultado.
Consciência Lúcida: Em sua opinião, quais eram os trafores mais ostensivos de sua desperticidade?
Jarbas Paranhos: Equilíbrio íntimo, muita energia e uma predisposição assistencial diuturna.
Consciência Lúcida: De que forma você definiria sua entrevista com o Manuelzinho? O que foi marcante?
Jarbas Paranhos: Ainda me lembro do Manuelzinho na minha infância e adolescência indo de bicicleta ao Centro “dar passe” e participar de seções de desobsessão, na cadeia municipal, nos hospitais, orfanatos e asilos de Monte Carmelo fazendo assistência e, mesmo assim, nunca soube avaliar o grau de evolução daquele senhor sorridente. Penso que muito poucos de seus contemporâneos souberam. Minha principal intenção ao realizar esta entrevista foi corrigir esta falta de sensibilidade conscienciométrica de minha parte, provavelmente originada de um apriorismo tacanho em relação à diversidade de expressões que a evolução consciencial pode assumir. Temos no Serenão Reurbanizador o exemplo máximo desta relatividade da forma no contexto evolutivo. Outra intenção era introduzir esta consciência dentro do holopensene da Conscienciologia, com todo exemplarismo pesquisístico que as vivências de um ser desperto pode gerar para nós e para o Manuelzinho. Quantos questionamentos e debates foram gerados desta pequena entrevista no Tertuliarium e fora dele? Penso que o saldo foi muito positivo para ambas as partes.
“Agora, dia 3 de janeiro completam-se seis anos da dessoma do Manuelzinho e ele deve estar em um curso intermissivo de alto nível. Deixo aqui nossos sinceros agradecimentos por ter compartilhado conosco um pouco de suas vivências.”
Entrevista com Sr. Manoel Ferreira de Almeida
“SEU MANUELZINHO”
Breve histórico do entrevistado: Manuel Ferreira, conhecido como “Seu Manuelzinho”, tinha na época 86 anos de idade, viúvo e vivia com seus filhos em Monte Carmelo (MG) até o seu falecimento Em 1947 casou-se, tendo 8 filhos. Seu primeiro contato com o parapsiquismo começou com a doença de sua primeira filha. Em Monte Carmelo era conhecido por ser um extraordinário exorcista e por resolver casos insolúveis como possessão maligna e despachos umbandistas. Tornou-se mais conhecido do público do IIPC quando o Prof. Waldo Vieira o visitou em 1997, acompanhado de dois ônibus lotados com pesquisadores da Conscienciologia do Rio e de São Paulo. Manuel chama por mediunidade o que definimos por parapsiquismo. Ao contrário do que alguns pensam a erudição intelectual não é um fator imprescindível para a desperticidade, mas quando presente a enriquece muito.
Jarbas: Fale-nos um pouco sobre sua vida. Onde nasceu, família e educação? Como, quando e por que se interessou pelos estudos espiritualistas?
Manuel: Tenho 86 anos, nasci em 1913 em João Pinheiro, Minas gerais. Eu não conheci meus pais. Frequentei a escola somente dois anos e logo comecei a trabalhar em uma olaria. Depois fui trabalhar como pedreiro em uma companhia de Patrocínio (Cidade de Minas Gerais) na construção de uma escola em 1929. Depois fui trabalhar na construção de uma usina em Araxá (Cidade de Minas Gerais) em 1930. Depois disso fiquei por aí trabalhando em olarias e construções. Em 1936 passei a trabalhar na construção de estradas de ferro, vindo a trabalhar e morar aqui em Monte Carmelo em 1943/1944. Neste intervalo conheci a filha de um ferroviário e me casei em 1947. Em 1948 tive uma filha. Nesta época não existia Espiritismo aqui não. Tinha apenas o Centro do “Seu” Jorge Fernando, mas que estava fechado. Era muito difícil, pois nesta época era o Catolicismo que mandava. Nesta ocasião minha filha ficou doente e os médicos não conseguiam curá-la. Até que alguém me disse para levá-la em um “curador” que vivia na “beira” do rio Paranaíba que ele iria curá-la. Eu fui lá e era um trabalho de umbanda. Eu não conhecia estes trabalhos e tinha medo de espiritismo, porque só ouvia falar coisa ruim do espiritismo! O Catolicismo punha medo no povo dizendo que era coisa do demônio! Os padres escondiam a verdade! Eu fui lá e vi pela primeira vez uma comunicação mediúnica na qual a médium me passou um preceito que não consegui cumprir. Mas achei aquilo importante, um sujeito analfabeto fazendo discurso igual a um padre, que é uma pessoa culta, mas que vive obrigado a esconder a verdade. O Catolicismo foi um fracasso porque não deixou o povo progredir colocando medo do inferno e da morte. Era proibido estudar a Bíblia, só os padres podiam. Até que Lutero pois a Bíblia nas mãos do povo com o protestantismo. Pois o grande mal da humanidade é a ignorância, a falta do saber. O saber e a virtude são como as asas de um pássaro, são necessárias as duas para que o espírito alce vôo às alturas. O homem que tem os dois é um espírito evoluído. É o que acontece com o Waldo.
Bom, mas nesta ocasião fiquei conhecendo que existiam espíritos que se comunicavam. Fui para Goiandira (Cidade de Goiás) e lá passei a frequentar o Kardecismo que tinha ouvido os outros falarem, principalmente “Seu” Jorge Candinho e através dele fiquei conhecendo a Doutrina Espírita. Ele me deu o “Evangelho segundo o Espiritismo” de Kardec. Voltei para Monte Carmelo e havia um “trabalho” na pensão do Remi em que morava um Senhor que fazia o “trabalho” na casa. Nesta ocasião havia estado aqui a D. Maria, uma médium famosa de vibração alta, mas que depois fracassou, pois o dinheiro é a tentação! Veja, o dinheiro é neutro, depende do que você faz com ele. Ele pode ajudar muito, mas também pode atrapalhar muito. Então esta mulher começou a trabalhar aí e só vendo que beleza! Mas depois passou a se interessar só por dinheiro e a fazer remédios para os outros e a cobrar. Fracassou! Nesta ocasião trabalhava com “Seu” Aparecido e fiquei conhecendo mais o espiritismo e fui trabalhando. Fui para Patrocínio (Cidade de Minas Gerais) e iniciei no trabalho espírita. Recebi então a comunicação dos meus pais, que não conheci, e que já haviam morrido. Isto me prendeu mais ao Espiritismo. Desde 1947 venho trabalhando no Espiritismo e estudando com dificuldade, pois não tive “principio”. Para você desenvolver o saber é preciso ter um alicerce, frequentar colégios e aprender as bases da ciência materialista e eu não tinha isso, então era difícil. Eu aprendi a ler com o evangelho. Tinha muita facilidade para aprender, mas não pude frequentar a escola. Aprendi a ler e “fazer contas” sozinho, mas não pude continuar a estudar. Talvez porque eu precisasse desenvolver outras coisas, né?
Em 1948 veio para Monte Carmelo o Joaquim Veloso e começamos o trabalho no Centro dele. Eu Passei a frequentar lá à noite, pois trabalhava 12 horas por dia na ferrovia e não tinha tempo para nada, só à noite. Mas minha mulher à noite ficava cega, então tive que realizar os trabalhos em minha casa mesmo. Então começou a juntar gente demais e arranjei um barracão perto do colégio em um beco escuro. Depois conseguimos comprar um lote e lá construímos o nosso centro e lá estamos trabalhando até hoje. Nossa vida é uma viagem, o negócio é aproveitar bem esta viagem. E a mola real da vida e do progresso do espírito é a caridade. E a caridade não é só dar dinheiro, eu nunca tive dinheiro! A caridade de mil maneiras se pratica. Às vezes com pequenas coisas como conversar com um velho analfabeto como eu (Risos). Eles falam que o velho tem a experiência e o novo tem a força, se ligássemos as duas faríamos muitas coisas. Se o velho pudesse e o novo soubesse... Pois a pessoa até os 40 anos é dominada pela força do corpo, a força material, fica vaidoso e só quer satisfazer as necessidades do corpo. A partir do 40 anos ele começa a pensar, ponderar, equilibrar as forças e a dominar o corpo. O corpo é o tirano do espírito quando se é jovem. Mas chega nesta época o corpo começa a declinar e o espírito passa a dominar. É difícil o moço que firma! Eu mesmo fui católico comedor de hóstia, mas eu ia mais à igreja para arrumar namorada do que rezar (Risos)! Nesta época eu tinha medo do espiritismo, não passava nem na porta de centro espírita. Isto é ignorância! O Espiritismo foi uma luz neste mundo. As três melhores coisas que tive foi o espiritismo, meu emprego e meu casamento. Do emprego me aposentei há 27 anos, minha mulher morreu há 10 anos, então só ficou o espiritismo.
E veja você à juventude. Os jovens se viciam para ter companheiros, mas se ele se livra do vício fica sozinho. Toda pessoa sem vícios aprende a viver sozinho. Veja os grandes pensadores, os grandes sábios viveram sozinhos. E não se incomodem muito com o dinheiro não, se apegando demais a ele. Por que você vai viver de qualquer maneira, sempre há de arranjar o que comer. As coisas mais preciosas são aquelas que levamos conosco, dentro de nós, que é o saber! Agora o dinheiro é ruim é no bolso dos outros (Risos)! Porque o dinheiro é neutro, depende do que você faz com ele. Sem ele não se desenvolve nada!
Jarbas: O Senhor acha importante o desenvolvimento da mediunidade (Parapsiquismo) para o melhor cumprimento da nossa missão de vida (Proéxis)?
Manuel: É porque nós somos um instrumento de Deus. Todos nós somos. E Deus se manifesta na terra através da mediunidade desde os primitivos tempos. Jesus era um grande médium. Todos os profetas eram médiuns. Se você não desenvolve a mediunidade fica igual a uma máquina dura que quando puxa ela se arrasta. Se você a desenvolve, você puxa e ela responde com rapidez. Ela deve ser desenvolvida, mas não a força. No desenvolvimento da mediunidade deve haver uma tendência para o bem. É preciso desenvolver primeiro a intenção para o bem, devagar. A evolução não dá salto. Você vai tendo uma experiência aqui, outra ali, aproveitando para aprender sorrindo para uma pessoa e fazendo caridade. O sorriso é uma caridade para uma pessoa triste, pois transmite boas energias para esta pessoa. Isto é mediunidade! Hoje o mundo desenvolveu muito, verdade que mais no lado tecnológico, o sentimento está fraco, mas mesmo assim está havendo progresso. É vantagem desenvolver a mediunidade principalmente se você tem um sentimento de amor pelos outros. Aí você pode fazer muita coisa com a mediunidade. Olha o Chico Xavier, sujeito inculto, tem somente o curso primário, mas foi o instrumento de uma coisa extraordinária. Deve ter feito mais pela Terra que o próprio Kardec.
Jarbas: Quais os tipos de mediunidade (Parapsiquismo) o Senhor já desenvolveu? Como se deu este desenvolvimento?
Manuel: Minha mediunidade é somente inspiração. Eles me ajudam. Eu fui tolhido na minha vida com a pobreza. Eu criei oito filhos. Eu tinha vontade que eles estudassem. Então tudo que eu mais preocupava em fazer no mundo era para que eles estudassem. Então tudo foi difícil, pois tudo depende de dinheiro. Hoje minha filha é minha “escora” (apoio) no centro. Nós demos o exemplo, seguiu quem quis. Eu dei meu exemplo e ensinei que o importante era o estudo, trabalho e oração. Minha filha é que é clarividente.
Jarbas: O Senhor acha importante o desenvolvimento do Desdobramento (projeção lúcida) para nossa evolução pessoal? O Senhor produz desdobramentos pela própria vontade?
Manuel: Não tenho desdobramento não. Esta é uma mediunidade mais rara e perigosa. De vez em quando aparece um para mim com isso. Eu digo para estudar e se preparar. Um dia desses apareceu um rapaz que tinha usado drogas e tinha se desdobrado. Ele dormiu por três dias. Era a mãe dele de outra vida que queria levá-lo de toda maneira. Ela achava que ele era dela. Falei para ele largar as drogas senão ele ia e não voltava mais.
Jarbas: O Senhor acha que a projeção lúcida, como ferramenta de assistência as pessoas, perigosa?
Manuel: A mediunidade é igual a uma faca de dois cortes, se preparada ela corta bem, se não ela corta sua mão. O desdobramento é muito bom porque - já pensou? - sair do corpo, ir a uma colônia espiritual (Comunex) e trazer uma informação nova de lá? Porque eu conheço estas colônias espirituais somente através de livros. Imagina se eu pudesse ir lá? Toda mediunidade é muito boa se você se preparar. Você vê quantos médiuns estão ai roubando, enganando e fazendo todo tipo de absurdo! Outros matando pessoas à toa! Tudo isso é mediunidade deseducada. Eu em uma vida passada fui escravo e me identifiquei com um espírito que foi escravo e que trabalha comigo. É um preto velho.
Jarbas: Como o Senhor identificou esta vida? O Senhor lembrou?
Manuel: Não. Foi minha mulher, que era médium, que recebeu a comunicação. Então eu tenho todo o jeito de escravo. Eu nunca sonhei com coisa elevada. Eu só me vejo em sonho realizando trabalho escravo, serviços grosseiros, só isso. Então eu me identifiquei com esse espírito de preto velho que chamo de Pai Tomé. Sou inspirado por ele. Sou médium de incorporação, mas sou muito consciente e tenho medo de faltar com a verdade, então não trabalho como médium. Porque a inspiração é assim: o espírito lembra você daquilo que você sabe! Eu já fui orador, mas agora não falo mais. Antes eu falava inspirado pelos espíritos. Mas este espírito Pai Tomé foi depois, porque fui obrigado. Meu filho foi trabalhar em São Paulo e ficou obsidiado lá. Veio para cá e eu o levei para tratar em Uberaba e ele piorou. Então o trouxe para cá e um espírito comunicou que ele só melhoraria na Umbanda, então eu o levei. Lá então os espíritos falaram que meu lugar era ali e que estava no caminho errado. Mas coisa melhor que a Ciência não tem! Umbanda é mais grosseira, quase sempre com pessoas analfabetas, deseducadas. São médiuns, fazem muitos trabalhos importantes, mas não se incomodam em se corrigir, cultivam a embriaguez e certas libertinagens. Coisa de quem não estuda. Então quando meu filho melhorou, eu não quis voltar mais lá. Foi muito bom, são pessoas de boa vontade, mas sem cultura. Começam lá e acabam indo para outras religiões, não se firmam em nada, pois são vazios de conhecimento. A pessoa se alicerça é nos estudos! O Espiritismo é um passo avançado, é uma religião dada pelos espíritos e nós somos espíritos. Esta carcaça é passageira, o que importa é o espírito. O estudo é coisa de Deus! Veja o Cientista em seu laboratório pesquisando um novo remédio que ajudará milhões. Há obra mais bonita? Ele é um médium, pois deve ter muitos espíritos o inspirando e o ajudando.
Jarbas: O Senhor percebe que está sendo assediado por consciências extrafísicas? Como se dá esta percepção?
Manuel: Percebo. Pelo ambiente do local, pelo fluido que emana da pessoa, pelo tipo do seu corpo, pelo jeito da pessoa olhar. Tudo isso da para perceber se aquela pessoa ou aquele local está obsidiado. Porque você se afiniza com as pessoas ou espíritos pelo sentimento. Se seu sentimento é grosseiro você vai atrair sentimentos grosseiros. Não há céu ou inferno não. O inferno ou o céu está dentro de nos mesmos. É nossa consciência. Falam que agora é a época, que na verdade já começou a algum tempo, em que vão separar os lobos das ovelhas. Vão separar porque não é possível, a Terra virou um inferno, não há sossego em lugar nenhum. As pessoas estão desencarnando e não voltam para Terra mais. Você vai ver a transformação da Terra. Porque a transformação da Terra é a transformação dos homens. A Terra é a mesma, o problema é a vibração dos pensamentos dos homens. Porque o pensamento é a maior força que tem na Terra. Então na medida em que forem separando vai ocorrendo à transformação. Você veja, o povo está melhorando, no meio de tanta maldade há muita coisa boa na Terra. Estão começando a dar mais valor à criança. Porque a criança é o futuro. Você que é jovem pode fazer muito pela Humanidade pelo seu próprio exemplo de viver. O Mal não é o jardim, o mal é o jardineiro. Às vezes eles baseiam o espiritismo pelos atos errados de algumas pessoas. Nós somos fracos. Nós erramos mesmo. Não é porque alguns espíritas erram que o Espiritismo é ruim. Você veja, este trabalho que o Waldo Faz já é mais elevado, não é para mim que sou praticamente analfabeto, meu trabalho é mais grosseiro. Eu até li aquele livro dele que me emprestaram.
Jarbas: O livro “Projeções da Consciência”?
Manuel: É. Este. Achei impressionante quando ele fala que saia do corpo e pegava o menino dele e ia voar pela praia, por cima do mar! É o sujeito ir e trazer o recado que é difícil. Porque a gente sonha toda noite que está com os espíritos, mas não lembra nem da metade. É raro uma pessoa contar um sonho inteiro. Isto faz parte da evolução do espírito.
Jarbas: Como o Senhor se defende destes obsessores (Assediadores)?
Manuel: O obsessor você se defende dele com sua própria moral. Porque é como as trevas. As trevas não aguentam a luz. Então você se defende não é só com argumentos, mas com amor também. Tem doutrinador espírita que “peleja” para desobsidiar e às vezes com poucas palavras a gente consegue. Porque agente vê nele um irmão, um espírito doente que você deve tratar como o próprio filho. Eu trabalho assim. Conheço doutrinadores muito inteligentes que não conseguem muita coisa, pois falta a ele amor. Tinha um rapaz obsidiado que vinha aqui em casa e os guias (Amparadores) não deixavam os obsessores entrar e eles ficavam atrás do muro gritando com ele. Ele queria discutir com os espíritos! Eu falava: Não senhor, aqui não! Vamos fazer leituras e nos concentrar aqui.
Jarbas: Qual foi a última vez que o senhor percebeu que estava sendo obsidiado? Qual atitude tomou?
Manuel: Não! Nunca tive isso não! Porque toda hora que você fica com raiva de alguém, com vontade de fazer o mal para alguém você está obsidiado. A pessoa vai discutir com você, você não firma nele não porque a palavra tem um magnetismo terrível! Se ele esta discutindo então você pensa alto, elevado, o deixa falar primeiro aí você fala com acerto. Agora se você responde no mesmo nível, com raiva, você já esta obsidiado, dominado!
Jarbas: O Senhor consegue ativar suas energias pela própria vontade, quando e onde quiser, visando o desassédio próprio e de outras pessoas? O senhor utiliza algum método?
Manuel: É. Às vezes até tem esta energia, mas eu sou muito incapaz para isso. Eu uso é um pouquinho que sei com o nome de Jesus. É o pensamento que é a maior força que tem na Terra. O pensamento no bem. Com o pensamento no bem espírito nenhum dá conta de chegar. Agora... enquanto estou aqui falando com você, existe um círculo magnético em volta da casa. Obsessão não entra aqui não! Entra não! É a nossa energia, nossa capacidade de pensar no bem. Se nós começarmos a pensar balela aqui, eu abro as defesas e eles desembocam tudo aqui. Nós temos um obsidiado aqui, um rapaz que foi um gozador da vida em outra encarnação, ele vivia dando golpe, de dia dormia e de noite estava na boemia. Era muito inteligente e pensava muito rápido, então estava sempre na frente dos outros e usava isso para passar a perna. Agora nesta sua encarnação ele foi tolhido de sua inteligência para poder expiar o passado. Fica aí, obsidiado, não incomoda com dinheiro, roupa, com nada! Nós então procuramos controlar ele aqui mantendo um ambiente sadio. Se deixo cair o ambiente aqui os obsessores dele desembocam tudo aqui e arrebentam com tudo! De vez em quando um consegue entrar e tenta jogar um de nós contra os outros. É o que está acontecendo em quase toda casa. As famílias não se entendem mais. Os casais não estão se entendendo mais. Porque eles dão abertura para isso! Não vigiam seus pensamentos! Quando eu fiquei conhecendo o espiritismo lá na beira do rio, o médium disse: “Ih! Acordou tudo, espíritos que estavam dormindo há mais de 300 anos nas trevas estão tudo aí no meio de vocês!” Então virou este inferno! Porque eles também têm o direito de estar aqui e experimentar a vida. Porque a vida é uma experiência.
Jarbas: O Senhor promove acoplamento de sua aura com a de outras pessoas para assistência e desobsessão?
Manuel: Não. Com o obsessor e o obsidiado é com conversação, ensino, um conselho que a gente dá sustentado pela moral da gente. Tanto que se você quiser desenvolver a mediunidade, você deve primeiro desenvolver o sentimento. Não é só o saber não. Desenvolvendo isso você fica simpático aos bons espíritos e eles te ajudam de acordo com seu nível de pensamento ideal, elevado e sentimento no bem. Eles te usam. Usam nosso material: o saber e o sentimento amoroso. Estes dias me chamaram para atender um homem. Cheguei lá e o homem estava cheio de saias e tinha recebido um espírito. Espírito não tem forma! Para que aquele tanto de coisa? Quando eu estendi as mãos ele veio para cima de mim: “O que o Senhor deseja?”; “Eu quero te dar um passe”. Acabou! Ele melhorou. Este povo que procura a Umbanda quer arrumar namorado, fazer viajem, ganhar dinheiro e curar doenças do corpo. Nós devemos principalmente curar as doenças da alma.
Jarbas: O Senhor falou que sente o fluido da pessoa. Como o senhor explica este fluido? Como percebe este fluido?
Manuel: Me dá aquela energia que sai de mim para a pessoa, principalmente quando levanto para falar. Eu falo alto, expressivo, com português correto.
Jarbas: O Senhor consegue ativar esta energia pela sua própria vontade, quando quiser?
Manuel: Ela vem porque eu faço minha parte. Porque a energia esta aí conosco a toda hora. Quando você quer fazer alguma coisa para o bem então ela já vem te ajudar. Se for para o mal ela também pode vir. Se você pensa mal você atrai a energia que sintoniza com isso. Mas a energia vem e por isso eu a chamo de inspiração. Agora eu aconselho muito que se abrace uma árvore e absorva sua energia, principalmente mangueira, eucalipto. Eu raramente faço isso. Eu busco energia é com o pensamento. Tanto que os outros dão passe só se concentrando. Eu não. Eu dou passe é conversando. Porque eu falo. Como sou grosseiro ainda, eu preciso da imagem, e a palavra é uma imagem. Então eu uso a imagem da palavra, da prece, e isso me ajuda na concentração. Esqueço tudo que esta em volta, estendo a mão e é como se estivesse sozinho. Se for um ambiente preparado ele me ajuda, se não eu uso a palavra. Então esta energia está aí e cada dia eu descubro novas energias. É uma beleza! É só você usar! Tem que trabalhar nela, no sentimento, usando para o bem.
Jarbas: O Senhor sofre ou já sofreu variações de humor repentinas?
Manuel: Não. Algumas vezes a pessoa quer abusar de mim, me insultar. Mas eu tolero bem porque eu penso que qualquer coisa que eu fizer aqui reflete na minha família, nos meus filhos. Porque eu sempre fui forte devido ao trabalho grosseiro, mas eu tolerava, recebia aquele choque, aquela vibração ruim, mas não firmava nela. Isto é energia, né?
Jarbas: O Senhor nunca sofreu obsessão então?
Manuel: Não, não. Mantive sempre a serenidade, porque esta vida é uma viajem muito interessante. Uma ocasião eu estava em Patrocínio (MG), tinha 19 anos e um sujeito deu parte na Polícia que eu era o ladrão que tinha roubado sua casa. Mas o Delegado me conhecia e me defendeu. Então apareceu um amigo e me disse: “Você vai matar este sujeito que te acusou! Se ele não provar que foi você que roubou você mata ele!”. Me instigou. Então eu respondi: “Não vou fazer isso não porque eu vou morar aqui e ele vai ver que eu não sou nenhum ladrão”. E assim tudo passou, eu morei lá mais sete anos e não teve nada. Se eu tivesse sido influenciado como estaria minha vida? A vida é assim. Na ferrovia meu patrão abusava tanto de mim que o Diretor chegou a brigar com ele. Porque se eu quisesse eu poderia bater nele, eu era muito mais forte, mas aí atrapalhava porque eu perderia o emprego e poderia ir até para a cadeia. De modo que estas coisas não me incomodam, não.
Jarbas: O Senhor já sofreu algum acidente grave ou trauma psíquico que tenha mudado sua vida?
Manuel: Psíquico não. Acidente material muitas vezes, inclusive um sujeito pegou uma arma e não sabia que tinha bala e atirou. A bala pegou em mim, na bacia e está aí até hoje. Eles queriam que eu o denunciasse na Polícia, mas eu disse que ele não tinha culpa. Foi um acidente. Ele foi vítima de um engano. Eu também já fui vítima muitas vezes de enganos. É a viajem da vida e se a gente tiver calma, tudo vai bem. Humildade e calma. Porque a gente não está sozinho, os espíritos estão conosco. Eu agradeço muito a eles porque não conheci meus pais, vivi sozinho e não aprendi a beber, a jogar, a fumar, nem nada destas coisas. Este foi o exemplo que dei para meus filhos.
Jarbas: Como o senhor vê o atual momento pelo qual passa o nosso planeta?
Manuel: O mundo está em transição. É a época da grande transição. Está se transformando e sempre para melhor. A Terra nunca esteve tão bem como agora. Estas tragédias que estão acontecendo, os problemas do clima já estão previstos. Vai ficar uma minoria do povo na Terra, quase todos serão desencarnados para a grande separação. A Terra está com uma falta de elevação moral muito grande, então vão separar os bons dos maus. Falam até que serão levados para um planeta mais atrasado e que isso esta causando nervosismo no povo. Mas as coisas não ficam paradas não. Tudo se transforma. Olha a transformação de 1900 até hoje. É enorme. E tudo para melhor. Quando eu era menino só existia o rádio e depois, só há pouco tempo chegou à televisão. Mas já tinha falado no livro Nosso Lar do Chico Xavier. A gente não tinha notícia de lugar nenhum. Hoje a comunicação está fácil, é uma riqueza, uma alegria para nós. A Terra está se transformando através da transformação do homem. A inteligência do homem está cada vez mais aguçada e isso está transformando o mundo. Consertando o homem conserta-se o mundo. Mas o homem está acabando com as plantas e os animais. Onde estão as frutas silvestres, a mangaba e tantas outras? Acabou tudo! Quando modificarmos nossas tendências o mundo vai ficar bom. Quando conseguirmos amar. É a recomendação do Cristo: Amar uns aos outros como eu vos amei. Isto ainda está longe. Mas a gente chega lá. Nós somos iguais a uma pedra jogada de cima de um monte, na medida em que vai rolando, vai quebrando as quinas, ficando lisa e rolando mais rápido. Hoje a gente ainda não pode confiar em ninguém.
Jarbas: O Senhor gostaria de falar mais alguma coisa?
Manuel: Não. É só isso. Agora é bom a gente ser pobre enquanto a gente ainda não sabe lidar com o dinheiro. A maior parte das pessoas não sabe. Pobre sim, mas não miserável! Mas contanto que não falte o necessário. Para quê mais do que isso? Tirando as dores de velho eu até que sou feliz! (Risos).
1 de dezembro de 2011
Crianças entrevistam Waldo Vieira
Uma Aula de Conscienciologia
Por Denise Paro.
Crianças e adolescentes, de 5 a 14 anos de idade, participantes da Dinâmica Bioenergética para Crianças e Pré-adolescentes, coordenada pelo epicon Moacir Gonçalves, entrevistaram o prof. Waldo Vieira, em fevereiro de 2008, no Holociclo.
Esta foi uma das atividades que fez parte da rotina semanal de encontros destes recentes intermissivistas pré-ressomados. Todos os sábados, são realizadas práticas bioenergéticas, parapsíquicas, mentaissomáticas, dinâmicas interativas, entre outras, para esse público seleto.
Uma equipe de professores acompanha o trabalho, que, de modo bastante variado, incentiva o desenvolvimento parapsíquico, o senso de grupalidade, a intelectualidade e a auto-suficiência energética das crianças e seus responsáveis.
O tema predominante da entrevista foi epicentrismo consciencial. Mas durante a conversa, os repórteres-mirins perguntaram sobre vários outros temas da Conscienciologia, resultando em uma verdadeira aula. Participaram da entrevista: Adam Marinello, Ananda Schimidt, Arissa Onishi, Brenda Marinello, Briani Marinello, Caio Assis, Diana Bergonzini, Eiki Onishi, Guilherme Silva, Henrique Silva, Isabela Peres e Melissa Guzzi.
Leia os principais trechos:
Ananda: Por que existem mais epicons homens do que mulheres?
Waldo: É a oportunidade de trabalho. Os homens às vezes têm mais responsabilidade e aparecem mais. Por exemplo, dirigem cursos com muita gente, tomam conta de coisas maiores, em matéria de serviço, trabalho, departamento, sessão. Na vida humana o homem é quem lidera as coisas em primeiro lugar, depois vem a mulher. A mulher lidera mais a casa e agora está se equiparando ao homem. Isso não é correto porque existe mais mulher do que homem e as mulheres deviam dominar. Elas chegam lá. Há diversas candidatas a “epicoa”, a “epicona”.
Arissa: Queria saber se você fez alguma gescon?
Waldo: Fiz alguma coisa, por exemplo, escrevi um livro chamado Projeciologia. É uma gestação consciencial. Trabalhei 19 anos para fazer o livro e preparar a Conscienciologia. Viajei demais, fiz pesquisas em vários países, até no Oriente – Japão, China.
Melissa: Qual a dificuldade em ser um epicon?
Waldo: A maior dificuldade é dominar as energias negativas. Por exemplo, o egoísmo, a raiva e o fato da pessoa não se dar bem com alguém. A coisa mais séria que o epicon precisa fazer é dominar o parapsiquismo. É conhecer o processo da energia, da clarividência. Mas não adianta dominar isso se as emoções estão perturbadas. Criei uma palavra que chama pertúrbio. É a perturbação da pessoa com o distúrbio que ela pode exercer sobre os outros. Um epicon não pode ter e gerar pertúrbio.
Diana: Quantas vezes você faz Estado Vibracional (EV)?
Waldo: Faço EV toda hora que preciso. Depois que sentei aqui já fiz umas 5 vezes. Faço EV o dia inteiro, o ano todo
Guilherme: Quando foi sua primeira projeção lúcida?
Waldo: Vivencio projeção lúcida desde pequeno. Comecei a estudar as projeções conscientes em 1941, tinha 9 anos de idade.
Henrique: Quantas vezes você já se projetou de forma lúcida?
Waldo: Muitas vezes. Não tenho idéia do total. Comecei em 1941, faz o cálculo. Agora, não se deve viver só fazendo projeção, senão você perde o foco, o interesse das tarefas físicas. Então, é preciso haver o equilíbrio.
Brenda: Como você vê o epicon?
Waldo: Vejo como uma esperança para que os voluntários da Conscienciologia caminhem mais. Mas o epicon ainda tem alguns altos e baixos. O mais sério é alcançar a desperticidade.
Ananda: Qual foi sua maior dificuldade para se tornar epicon. Mas não só a sua. Qual você acha que é a maior dificuldade para se chegar a epicon?
Waldo: É a pessoa organizar a vida com detalhes, ter equilíbrio, acertar tudo. Ela tem que acertar praticando tenepes. Como o epicon vai chegar ao epicentrismo sem a tenepes? Além disso,é preciso haver uma organização maior devido aos fenômenos parapsíquicos, o contato com as consciexes.
Eiki: Você já teve precognição?
Waldo: Já. Fiz, uma vez, um laboratório de precognição com respeito à China. Serviu de retrocognição, simulcognição e precognição. Na retrocognição você lembra do passado. Na simulcognição, por exemplo, estou aqui sabendo o que está acontecendo em Cascavel e Curitiba, simultaneamente. A precognição é a mais difícil. A mais fácil é a retrocognição. Mas veja, em uma precognição comum, vulgar, rotineira ocorrendo muito por aí, por exemplo, a pessoa diz: ‘vai acontecer um acidente’, mas ela não sabe localizar, não percebeu o local da ocorrência. Trata-se de um dos fenômenos mais comuns, a intuição, a inspiração.
Eiki: Você já teve precognição quando era criança?
Waldo: Quando era criança via muita coisa, mas o que chamava atenção eram lembranças de antes de ter nascido. Aquilo provocou um impacto em toda a família.
Melissa: Como você sente quando faz EV?
Waldo: Sinto-me bem, tanto durante quanto depois do EV. Faço assimilação energética imediata. Agora há pouco, antes de vocês chegarem, apliquei um arco voltaico, isso é mais do que o EV.
“Interessa é a qualidade, a intenção, a força de vontade da pessoa. O maior poder que você tem é a vontade”.
Arissa: Qual a diferença do campo energético do homem e da mulher?
Waldo: Não há diferença. Isso é gênero, masculino ou feminino. A consciência não tem gênero, não tem sexo. O que interessa é se a consciência em si está equilibrada para dominar o campo de energia. Se o holopensene, a atmosfera é equilibrada. Interessa é a qualidade, a intenção, a força de vontade da pessoa. O maior poder que você tem é a vontade.
Eiki: Qual é o seu megatrafor e seu megatrafar?
Waldo: Meu megatrafar é a ignorância. O megatrafor: sou uma pessoa mais ou menos calculista, mas é um calculismo positivo. Você pensar no que vai fazer, sabendo o que está a frente e atrás, isso é o mais importante. Tenho ignorância, mas não sofro com isso porque estou fazendo força para melhorar, então me sinto bem. Mas eu queria saber muito mais, principalmente do ponto de vista extrafísico. Por exemplo, sobre alguns de vocês aqui sei alguma coisa, mas de outros não. Gostaria de chegar perto da pessoa e saber tudo, quem foi, como foi, de que modo foi. Então ignorância significa que a pessoa não estudou. Por isso tenho tantos livros, dicionários. Vocês já têm algum dicionário? Levanta a mão quem tem dicionário próprio? Só três, é muito pouco. Pegue o dicionário, escreva seu nome, a data que recebeu e risque todas as palavras que você consultar, para você não esquecer. Isso ajuda muito.
Melissa: O que o epicon faz?
Waldo: Ele faz o desassédio interconsciencial. O heterodesassédio – o desassédio dos outros. Primeiro deve-se fazer o autodesassédio para depois fazer o dos outros. Com isso, ele articula as manifestações pensênicas, aquilo que a pessoa faz, as ações, as atitudes, as posturas. Assim a consciência passa a liderar certos trabalhos conscienciais. Isso é importante. Liderar, estar à frente, dirigir. O epicon é um gestor, do ponto de vista multidimensional, parapsíquico, extrafísico e intrafísico.
Ananda: O epicon pode regredir com o passar do tempo?
Waldo: O epicon às vezes regride, em torno até do passado pessoal, nesse caso ele está assediado. O processo é reagir. Fazer muito estado vibracional, entrar em contato com outro epicon que esteja com boas energias se está fazendo, fazer uma revisão das atitudes pessoais e olhar principalmente as emoções, perguntar: o que fiz de errado, o que me levou a isso? Qual a causa?
Eike: Qual técnica você aplicou, invéxis ou recéxis?
Waldo: Apliquei a invéxis e depois a récexis. Sou reciclante porque me casei aos 42 anos para ajudar meu irmão, agora meu atual filho. Apliquei a técnica da invéxis desde rapazinho.
Brenda: O que mudou a partir do momento em que você se tornou epicon?
Waldo: A vida mudou devido à retrocognição, aos fenômemos parapsíquicos – clarividência, retrocognição, projeção. Aos 14 anos, em 1946, já sabia tudo o que ia fazer. Já tinha idéia da programação existencial. Pensei em estudar cada vez mais, fiz vários cursos, acabei o ginásio, fiz o científico, Odontologia, depois Medicina e resolvi estudar fora do Brasil. Estive no Japão, nas Filipinas, na China e em Holywood. Conheci a Lana Turner, a maior star do cinema da época, estive no camarim dela. Hollywood tem de tudo. Alguns atores são equilibrados, mas a maioria não é. É o lugar que conheci onde existe mais assédio interconsciencial, igual área de tóxico, de traficante.
Melissa: Quando você começou a trabalhar com a Conscienciologia?
Waldo: Quando era pequeno, mas não sabia o que era isso. Em casa começaram a falar para eu tocar um instrumento musical. Mas já pequenininho dei o contra. Não queria mexer com música, já fiz isso em vidas anteriores. Eu quero trabalhar com a cabeça que é o foco da Conscienciologia. Isso foi em 1936/37. Meu pai tocava flauta, minha mãe tocava bandolim e acordeon, minha tia tocava violino. Na época havia cinema mudo, e tinha que organizar uma banda para o fundo musical. Minha família fazia o fundo musical do filme mudo.
“A pessoa só começa a dominar o corpo aos 7 anos.
E o corpo só fica pronto aos 26”.
Arissa: O que te ajudou a ter parapsiquismo desde criança?
Waldo: Todos vocês já mexeram com parapsiquismo em vidas anteriores. No meu caso vivenciei isso mais cedo. Depois que nasci chorei demais, porque nasci a base de fórceps, não é cesariana que corta a barriga da mãe e tira a criança. Com isso, quando um menino chora muito mais oxigênio é direcionado para a cabeça e ele pensa e, assim, amadurece mais depressa. Essa maturidade cria o parapsiquismo. Até os 7 anos, a pessoa não é nem daqui e nem da outra dimensão. A pessoa só começa a dominar o corpo aos 7 anos. E o corpo só fica pronto aos 26. Essas coisas aconteceram comigo antes dos 7. Por exemplo, entre os quatro e cinco anos aprendi a ler e escrever e fazia cartas. Minha mãe era professora e ela me ensinou. Quando fui estudar o curso primário, já sabia bastante, mas tive que fazer o curso. Foi bom, ampliou o conhecimento. Mas fiz porque era obrigado, senão eles não me conferiam o diploma. Havia um exame de admissão do curso primário, para saber em qual classe seríamos alocados: avançado, médio ou outra inferior. Fiz o exame com mais de 300 meninos, todos da mesma idade, por sinal, eu era até mais novo. Só podia entrar com 7 anos e entrei com 6 porque faço aniversário em abril. Passei na frente de todos porque tinha estudado demais. Minha mãe era rigorosa, eu fazia dever de casa todo dia. Gostava de ler, de escrever cartas, de fazer pedidos pelo correio. Isso fazem 70 anos.
Ananda: Você teve algum grande desvio na sua vida?
Waldo: Tive, por ter trabalhado demais, era um workaholic. Aos 28 anos, quando estava terminando Medicina tive um enfarte. A gente tinha que fazer assistência demais e aquilo nos empolgava. Também nunca tinha tido pressão alta, estava muito bem, predisposto. O fator da genética preponderou, minha mãe era hipertensa. Agora, isso me ajudou muito porque mudei minha vida. Deixei de ser um workaholic, aí comecei a acertar a vida, o trabalho. Os médicos falavam para mim: se você continuar assim daqui um ano você vai embora. Mas com o passar do tempo, com o processo de rememoração, comecei a estudar o macrossoma e já sabia que tinha um. Há uns 15 anos, cardiologistas examinaram meu coração e não notaram sinal de infarto. Eu consegui reverter o processo. Mas tenho hiper tensão e até hoje preciso de remédio. Em relação a vida pessoal gostaria de dizer que havia 6 turmas que queriam fazer minha biografia, mas se fizesse isso antes, iria chamar a atenção para a pessoa e não para as idéias. Minha pessoa é secundária, o que interessa são as idéias. Chegou a um ponto que as coisas estão estabelecidas. A enciclopédia já está encaminhada, tenho vários livros publica dos. Hoje há muita confusão a respeito das coisas na internet, blogs e Orkut. As pessoas divulgam coisas que não falei. Então é oportuno haver uma biografia para mostrar a realidade pessoal.
Arissa: O que é a gescon, além de livro?
Waldo: Você pode construir uma grande obra, por exemplo, um monumento, uma casa, um palácio, uma universidade, isso é gescon. Por exemplo, a reunião de todos aqui construindo um verdadeiro campus universitário que é o CEAEC. Tem uma turma construindo o Discernimentum e outra vai fazer a Vila Conscientia, tudo é gestação consciencial, não é a gestação humana, não está criando filho. Por exemplo, lembro em vidas anteriores nas quais fiz construções que estão em Paris até hoje. Mas também existe livro, que escrevi no passado, gestação consciencial gráfica em vida anterior.
Jornal do CEAEC – ano 13, nº 155, Foz do Iguaçu, junho de 2008, PR – Brasil.
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5 de julho de 2011
Entrevista com Moacir Gonçalves
Entrevista - Prof. Moacir Gonçalves
Aproveitando o lançamento do livro "Dinâmicas Parasíqui-cas", recentemente publicado pela Editares, em 2011, segue abaixo uma entrevista com Moacir Gonçalves, epicon e um dos autores da obra. Essa entrevista foi originalmente publicada no site recéxis - recexis.org
Encontro com a Projeciologia
Recéxis. De que modo eram suas projeções conscientes?
Moacir Gonçalves. Tinha bronquite asmática e quando sentia falta de ar, saía do corpo (projeção consciente), e me via volitando. Voltava para o corpo, sentia-me muito bem. Melhorava, aliviava. No mais, era tratado com “chazinho” e outros recursos usados antigamente.
Recéxis. O que você estudava, na época?
MG. Quando fui para São Paulo, comecei estudar sobre Espiritismo. Li todos os livros de André Luis, psicografados por Waldo Vieira e Chico Xavier, tudo relacionado à materialização, inclusive assuntos ligados à projeção consciente; por exemplo: Lobsang Rampa, Ivone Pereira, e outros livros e revistas sobre o assunto.
Recéxis. Como conheceu a Projeciologia? (Naquele tempo, não havia Conscienciologia)
MG. Certo dia, estava numa livraria em São Paulo e encontrei o livro Projeções da Consciência. Comprei o livro e sentia vontade de chegar em casa logo, para ler. Assim que cheguei em casa, comecei a ler o livro na cama e pensei: é isso aqui! Senti um fluxo de energia no meu frontochacra e tive uma projeção, com rememoração em bloco. Na projeção, por todo local que passei, sentia que estava sendo orientando mentalmente. Percebia o local por onde ia, passei numa praça, tinha uma quitanda de frutas. Quando quis perguntar onde ficava uma determinada praça, veio na minha mente: "não pergunte para o Japonês, pergunte para a moça!" Fiz a pergunta e ela indicou com a mão. Quando me dirigi para a rua indicada, percebi passar para uma outra dimensão e fui flutuando próximo ao chão até chegar a outra praça, onde apareceram duas consciexes, um homem e um garoto moreno. Na hora, materializou-se em minha mão um facão largo (desses de cortar cana de açúcar) e o homem transmitiu-me a seguinte mensagem: "Isso, aqui, não apita nada. Bata na palma da minha mão." Sem perder a lucidez, voltei ao corpo com muita energia e a rememoração em bloco da projeção.
Recéxis. De que modo você conheceu o pesquisador Waldo Vieira?
MG. Um mês depois, fui comprar jornal, na banca, e vi o anúncio sobre uma palestra gratuita com Waldo Vieira, na Sociedade Espírita Ramatis, em Santana. Ah! Não deu outra, né? As palestras eram no quarto domingo de cada mês. Cheguei lá e “os amparadores me colocaram sentadinho” e fiquei lá. No mês seguinte, cheguei mais perto do professor Waldo. Ele atendia e eu gostava do que via e percebia. Sentia ser tangenciando para perto dele. Eu só ouvia, ouvia.
Recéxis. E, depois?
MG. Passaram-se cerca de dois meses, eu estava indo de São Bernardo para São Paulo para a palestra. Desci do ônibus Expresso Brasileiro bem em frente à rodoviária. Quando vi, lá vinha o professor Waldo. Na época, não tinha barba, usava camisa de seda com manga curta. Parou diante de mim, cerca de 10 metros, abriu os braços e senti as energias chegando na minha psicosfera. Ele perguntou-me: "você já almoçou?" Eu disse não. Então ele disse: “você é meu convidado para almoçar”. Nós entramos no restaurante da rodoviária. Ele serviu-se de carne. Eu perguntei: você come carne? Ele explicou-me o porquê: passou 18 meses sem comer carne e sentiu sua memória falhar. Se você passou uma parte da vida comendo a proteína da carne, e pára de repente, isso traz consequências à memória. Eu tinha lido o livro Desobsessão, que me chamou atenção, queria trabalhar com aquilo. No livro, recomendava-se não comer carne nas secções de materialização. Desde então eu não comia frango, nem carne vermelha. Vinha evitando tudo o que fosse carne, por mais de três anos.
Recéxis. No restaurante, você teve outro tipo de percepção energética?
MG. Percebi que ele prestou assistência à garçonete; pois, exteriorizou energias conscienciais para ela. Pensei que seria para tirar algum bloqueio energético ou assédio.
Recéxis. O que mais você aprendeu?
MG. Ele disse para eu olhar na cabeça das pessoas e não na pessoa em si. Por quê? É no mentalsoma que está o discernimento, as ideias, se você melhora a cabeça, melhora o resto.
Recéxis. Ele fez algum tipo de “recomendação”?
MG. Pediu para eu exteriorizar energias conscienciais (ECs) em tudo o que pudesse.
Recéxis. O que aconteceu?
MG. Comecei jogar energias, até dentro do metrô, na feira-livre e outros ambientes. Quando a gente é “casca grossa”, a EC vai e vem e você não percebe a realidade porque ainda falta experiência e vivência. Mas tudo bem, mesmo assim continuei experimentando. De acordo com o princípio da descrença: "não acredite em nada. Nem o que ler nesta entrevista. Experimente. Tenha suas próprias experiências!".
Uma coisa é você exteriorizar energias na Dinâmica Parapsíquica. Quando extriorizava rua, no condonímio, a pessoa melhorava e eu sentia o impacto. Com o tempo, foi melhorando. Me encaixei no grupo dos primeiros voluntários da Projeciologia e estou aqui até hoje.
Recéxis. Então, você foi um dos pioneiros da Projeciologia...
MG. Naquele dia, conheci outros colegas: Wagner Alegretti, Samuel de Souza. Estavam lá 4 pessoas. Houve época em que uma das práticas energéticas era pegar nas mãos das pessoas e exteriorizar energias. Depois, cada um falava o que sentiu. Hoje (2009) não fazemos mais isto. Era um desbloqueio visceral.
Alimentação carnívora
Recéxis. Voltando ao assunto alimentação, o que mais Waldo Vieira disse?
MG. Como eu disse ele passou 18 meses sem comer carne e teve problemas com a memória. Levou tempo para recuperá-la. Depois desta explicação, aos poucos, fui voltando a comer carne e hoje entendo. Se você passa pela experiência, depois acerta. Não é a carne em si: é o excesso de carne, é o problema da idade e outros fatores. Comia carne há mais de 40 anos; e, de repente, parei. Já pensou a repercussão? Agora, se a pessoa nasce numa família em que não se alimenta de carne; ou se, desde criança, não ingere este alimento, as repercussões são menores. Você segue o fluxo normal.
Recéxis. Você se sentia bem?
MG. Chegou num ponto em que entrava num supermercado e, ao passar pelo setor de carnes, sentia agulhadas no corpo. Ao deixar de comer carne, você fica mais sensível, light e sente mais as energias. Tinha “outro porém”: na hora do almoço, tinha dificuldade em escolher o que comer. Não tinha muita opção.
Recéxis. Valeu a experiência?
MG. Valeu. Hoje (abril de 2010) sei pela própria experiência: diminuir a quantidade de carne vermelha, ingerida, duas a três vezes por semana, intercalada pela carne branca é mais saudável. O professor Waldo recomenda também a dieta frutariana. Com isto, nossa evolução caminha a tal ponto, que esses conhecimentos favorecerão algum setor da sociedade, para determinadas circunstâncias da vida.Não sou contra carne, não sou contra quem não come carne: a única coisa é que a gente deve evitar os excessos. Nunca pratiquei muitos exercícios físicos. Hoje estou pesando mais e tenho que tomar cuidado. Comia de tudo, nunca tive problemas. Hoje faço restrições alimentares. Não tomo mais leite e evito derivados; porque operei a vesícula e você sabe, a digestão é mais lenta.
Do Espiritismo à Conscienciologia
Recéxis. Agora fale sobre a transição do Espiritismo para a Conscienciologia.
MG. Houve época em que ia ao Centro Espírita e ao mesmo tempo assistia palestras do professor Waldo. É lógico que o conhecimento da Projeciologia causou maior impacto em mim. Mas, também fazia parte do Centro Espírita. Era um lugar onde fazia esclarecimento; como se fossem aulas.
Recéxis. Então, o que aconteceu?
MG. Comecei a levar o conhecimento (da Projeciologia) e aplicar no Centro Espírita. Aquilo começou a dar resultados e as pessoas passaram a fazer perguntas. E deu problema. Os médiuns mais antigos começaram a criar problema comigo. Um dia, estava dando passe, e tive expansão da consciência. Senti o holopensene do local, o que as pessoas pensavam, e continuei até o final do expediente. Vi a incompabilidade entre a política do Centro Espírita e o esclarecimento. Quando terminou, decidi: não volto mais aqui. No dia seguinte, fui me despedir de uma senhora com a qual eu tinha mais afinidade. O copinho de café começou a pular sozinho. Quando eu saí, algumas dúvidas ficaram na minha cabeça. No dia seguinte, fui trabalhar. Pela manhã senti um padrão de energia entrar pelo coronochacra e foi entrando, entrando, chegou até altura do peito e implodiu. E, tive uma espécie de expansão do mentalsoma. É como se eu tivesse lembrado, entendido e tivesse tomado consciência da minha consciência. De modo mais pontual. Passei a compreender as dúvidas que tinham ficado na noite anterior. Então entendi: Jesus Cristo, as religiões, ficou claro para mim que somos muito mais que tudo isso. Passaram-se alguns segundos. Voltei para o corpo e, em pé, senti uma “inundação de energia".
Chegada ao Centro de Altos Estudos da Conscienciologia - CEAEC
Recéxis. O que foi mais difícil nessa jornada de 14 anos no Centro de Altos Estudos da Conscienciologia - CEAEC?
MG. Saí do Instituto Internacional de Projeciologia, em São Paulo, e vim para Foz do Iguaçu no dia 4 de julho de 1995. O mais difícil, no começo, foi a interação com as pessoas. Hoje em dia (abril/2009), isto mudou “da água para o vinho”. As pessoas melhoraram. Existiam grupos com divergências de conceitos básicos, até mesmo a noção entre tarefa do esclarecimento (tares) e a tarefa da consolação (tacon). Tinha o grupo que fazia parte da antiga Cooperativa do IIPC e também havia os antigos moradores do local, com toda uma estrutura rudimentar de chácara, com sua fauna peculiar: cachorros, gatos, aves, suínos, e também as plantações (sem falar nos bastidores extrafísicos), era tudo aberto sem muros. Eu também fazia parte da Cooperativa, é lógico.
Recéxis. Nesse período, certamente você superou dificuldades.
MG. Tenho certeza de que superei a maior dificuldade. Não tinha antes muita instrução (escolaridade formal), mas era autodidata. Cheguei a fazer segundo grau, entrei na faculdade de Economia, fiz 3 anos, mas não cheguei a me formar, pois precisava trabalhar. A maior parte do pessoal da Conscienciologia tinha diploma. Eram advogados, engenheiros e, de certa forma, mais "bem de vida". Por isso, tinha certo receio, certo acanhamento. Embora tivesse noção de assistencialidade, era mais modesto, tipo low profile.
Recéxis. Há reciclagens lentas, concorda?
MG. Com o tempo, fui amadurecendo por meio da Conscienciologia e conhecendo as pessoas. Hoje, entendo aquelas pessoas, entendo a sociedade intrafísica (socin), entendo o significado da limitação do paradigma newtoniano-cartesiano, em relação ao paradigma da Conscienciologia e me entendo na condição de consciência perante outras pessoas. Hoje reconheço que participei de curso intermissivo e entendo a razão de ter nascido no lugar onde nasci.
Histórico das Dinâmicas Parapsíquicas
Recéxis. Como foi o início das Dinâmicas Parapsíquicas?
MG. Em 2003, quando faltava um mês para terminar a construção do Acoplamentarium, tive vontade de ir até lá (local da construção do laboratório citado). Encontrei outra pessoa, que hoje não está mais na Conscienciologia. E nós começamos a fazer a energização: um ajudando o outro.
Recéxis. De quanto em quanto tempo?
MG. Íamos lá todos os dias, durante uma hora por dia, no mesmo horário, exteriorizando e movimentando as energias com os chacras. Quando chegou o último dia, (quando a obra seria fechada para ser preparada para a inauguração) tive uma extrapolação: houve a expansão das energias pelo coronochacra envolvendo o ambiente e nos sentimos muitíssimo bem.
Recéxis. O que aconteceu depois que o Acoplamentarium foi inaugurado?
MG. Quando terminou o período em que o local ficava vazio, a gente não tinha mais onde fazer os exercícios energéticos. Na ocasião, não havia Dinâmica: eram técnicas de manipulação de EC. Mas, o salão de eventos estava sem uso e eu tinha a chave de todas as dependências do CEAEC. Então, comecei as reuniões, junto com essa pessoa e mais alguns voluntários interessados, que foram aparecendo, e o trabalho foi ampliando.
Recéxis. Você era epicon (epicentro consciencial)?
MG. Num dia, tinha Acoplamentarium e o professor Waldo era o epicon. A amparadora do CEAEC e da Conscienciologia, Rose Garden, pediu para o professor para dar-me um recado, por meio de uma pessoa que estava no curso: “custasse o que custasse, acontecesse o que acontecesse, era para eu continuar com os trabalhos que estava fazendo, porque estava ajudando muita gente”. A partir desse momento, começaram a surgir muitas perguntas nas tertúlias, que eram no refeitório: por que o Moacir? Por que isto? Por que aquilo? Foi quando o professor Waldo afirmou: a partir de agora, o Moacir é o epicon das Dinâmicas e dos trabalhos de energia. Aí, oficializamos a Dinâmica da Clarividência facial. Criei primeiro uma Dinâmica para o desenvolvimento da clarividência, depois fui criando outras. Chegou num ponto que mantinha 11 Dinâmicas semanais, às vezes 2, outras 3 vezes por dia. Hoje em dia, todas as Dinâmicas continuam, porém, deleguei para alguns colegas e mantenho apenas 4, duas sobre Desperticidade, uma sobre Bioenergética para Crianças e Adolescentes e outra Avançada em Bioenergética, para desenvolvimento do epicentrismo.
Participação no curso conscin-cobaia
Recéxis. O que você acha de os epicons participarem do curso conscin-cobaia, conforme sugerido pelo Prof. Waldo?
MG. Penso o seguinte: realmente, o Professor tem razão. Quando a pessoa entra na condição de conscin-cobaia, de acordo com o meu modo de pensar, ela está fazendo o striptease consciencial dela, dentro daquilo que está no livro Conscienciograma.
Recéxis. Os “novatos” não conhecem o livro Conscienciograma.
MG. O Conscienciograma é medida da consciência (ego, ser multidimensional), e gradativamente ele mostra todas as facetas da consciência, de acordo com as 2.000 perguntas colocadas no livro. Então, são 100 folhas de avaliação, cada folha de avaliação tem 20 temas. Do lado esquerdo, são as perguntas mais relacionadas ao pré-desperto e do lado direito às questões mais avançadas (entre o desperto e o serenão). Então tem essa gradação.
Recéxis. Estas avaliações pessoais e grupais geram reciclagens?
MG. Penso que o maior percentual de reciclagem que a conscin faz é no conscin-cobaia; porque você faz uma catarse, mesmo inconsciente, junto com os participantes. Isso enriquece a própria pessoa, os participantes, a própria CONSCIUS e o trabalho deles. Vai eliminando as fissuras da consciência e, gradativamente, vão sendo eliminados os nódulos. Isto faz com que a conscin cresça; ela faz recin na prática. Eu acho que a coisa mais importante no conscin-cobaia é identificar os traços-fardos e os traços-fortes da pessoa. Isso é o mais sério.
Recéxis. A seu ver, qual é a dificuldade de a conscin enfrentar o conscin-cobaia?
MG. Pelo o que a gente vê, antigamente era mais complexo, hoje já conseguimos ler nas entrelinhas a ideia do Conscienciograma. Porque o próprio Conscienciograma hoje em dia está mais estudado, já foi mais visto. Com isso, a própria Conscienciologia ficou mais clara, ficou mais aberta. Para nós, que estamos no dia a dia “dentro da Conscienciologia”, está clareando: Já é possível ver uma luz no final do túnel. O que era tabu no começo, hoje em dia não é mais. Isto facilita às pessoas. As Dinâmicas também têm ajudado muito neste sentido, não é? Nós temos 11 dinâmicas. Cada uma, com uma especialidade. Por exemplo, tem a da Desperticidade, que estuda o Conscienciograma e os verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia. Isto faz 3 anos. A CONSCIUS também estuda o Conscienciograma, tem uma profundidade muito grande. E vários destes cursos também fazem com que a lucidez da pessoa venha à tona. Ela relaxa os hemisférios cerebrais perante a realidade. Então, vem à tona os traços-fardos, trafares, e os traços-força, trafores.
Recéxis. E o que dizer sobre a Consciencioterapia?
MG. Olha, eu não posso dizer muito da Consciencioterapia, porque não é minha especialidade. Entretanto, todos nós dentro da Conscienciologia estudamos a Consciencioterapia. Entendemos o trabalho deles. Dentro do nosso trabalho na Dinâmica da Desperticidade, há, de alguma forma, uma reciclagem profunda. Não porque buscamos isto diretamente. Ela acaba sendo ínsita, natural dentro desse enfoque, porque, ao estudarmos o Conscienciograma item por item, com debates, com o tempo as pessoas vão se afinizando com o grupo e vão se expondo mais, se abrindo mais; com isto, ela acaba se reciclando mais intimamente. Não deixa de ser um tipo de Consciencioterapia. Porém, nós não somos especialistas nesta área. Casos mais críticos são encaminhados à OIC.
Após 14 anos de Conscienciologia
Recéxis. E, após 14 anos de Conscienciologia, o que dizer?
MG. Para mim, a Tertúlia, hoje em dia, acaba difundindo mais a Conscienciologia. Não só para os intermissivistas e para os conscienciólogos, mas também para a sociedade humana, socin. A socin está interagindo mais, conhecendo mais as pesquisas da Conscienciologia através das perguntas on-line.
Recéxis. Que tipo de trabalho é este?
MG. É um trabalho para longo prazo. Trabalho do conscienciólogo. É a maturidade da Conscienciologia. Isso é a Conscienciologia. O Prof. Waldo tem apresentado temas variados milimetricamente. Colocando isto como esclarecimento. Na medida em que temos conhecimento, vamos criando esquemas aprofundados. O professor vai colocando paulatinamente os temas e nós vamos assimilando. No entanto, a maioria de nós já estudou no Curso Intermissivo.
Recéxis. O que você pode falar sobre Curso Intermissivo?
MG. Bom, hoje entendo o Curso Intermissivo. De certa forma, tenho algumas ideias, não como vivências ou lembranças, mas porque há 22 anos venho acompanhando a Projeciologia, com o Prof. Waldo. Tenho certeza de que fiz Curso Intermissivo, porque não teria conseguido ficar todos esses anos, às vezes, sozinho, “abrindo caminhos” em Foz do Iguaçu, ou mesmo em São Paulo, se fosse de outra maneira. Por outro lado, quando era mais novo, tinha projeção consciente e a “luz no final do túnel” era o Curso Intermissivo. Com o tempo, isso ficou mais claro. Quando o prof. Waldo falava que eu era da mesma procedência que ele, tinha dificuldade em entender. Hoje em dia, tenho esta experiência dentro de mim. Por quê? Devido às projeções conscientes, as extrapolações, a expansão (da consciência) que me mostraram essa realidade.
Parapsiquismo
Recéxis. Sobre a diferença entre parapsiquismo na tacon e na tares, o que dizer?
MG. Desde a infância, não tinha noção de tacon; mas, uma coisa dentro de mim chamava atenção. Era garoto e meus pais queriam que eu fizesse a primeira comunhão. Eu me lembro que cheguei à igreja, sozinho, no catecismo e pensava: tem alguma coisa aqui que não se encaixa dentro de mim. Mas, o advogado, o juiz, o presidente, o governador vêm à missa. Via o governador e não tinha respostas. Não tinha onde buscar a informação que eu queria; era a tares, esclarecimento. Só depois de casado, trinta e oito anos depois é que fui saber o que era a tares. Foi quando encontrei o prof. Waldo. Foi aí que eu aprendi: não preciso mais disto (tacon). Até aí, já tinha um ranço que é da religião, Jesus Cristo e todo esse processo.
Recéxis. Quais as características do parapsiquismo na tares?
MG. Olha, é aquilo que eu vinha dizendo, tinha parapsiquismo dentro da tarefa da consolação, na religião. Que é o conceito do Espiritismo, da religião, pode confundir com Filisofia, da caridade. Hoje em dia, a gente tem alguma caridade e alguma descaridade, nesse sentido. Tares é o esclarecimento. Na Tacon existe uma predominanância de misticismo dentro do parapsiquismo; que sempre existiu e existe ainda.
O que se vê no parapsiquismo, fora da Conscienciologia, é uma tendência ao misticismo. Há má interpretação, falta de esclarecimento, aquilo é levado numa exacerbação; falta conhecimento da verdade relativa de ponta.
Recéxis. E qual é o foco do parapsiquismo na Conscienciologia?
MG. A multidimensionalidade está aqui, aí, permeia tudo. Então, o parapsiquismo faz parte de nossa vivência diária. Como a Conscienciologia aborda o parapsiquismo? Tem colocado como vetor de evolução, vetor de esclarecimento, de ponderação, de discernimento. Prioriza a consciência e não o corpo físico. Então, o parapsiquismo valoriza a consciência real em si e não só como aparenta na socin.
Estado de desperticidade
Recéxis. O que pode dizer sobre o estado de desperticidade?
MG. Sou mais otimista em relação à desperticidade. Por quê? Por que nós podemos numa vida chegar à desperticidade; se não chegar, é porque a pessoa não quer. Então, fraquejou. Mas, se ela fizer por onde, em 20 anos, pode chegar ao estado de desperticidade. É uma coisa real; porque se desenvolve de modo gradativo. Você faz esclarecimentos, vai ter mais discernimento, maior domínio das ECs, do parapsiquismo, da comunicação, vem o epicentrismo. O epicentrismo te dá algumas “vantagens”, e te coloca na chapa quente, você tem que dar um curso especializado. Você mexe com energia, mexe com esclarecimento, mexe com debates, isso tudo dentro desse contexto. Outra coisa: tem o amparo. Então, você começa a compreender o amparo como uma coisa real, como uma situação natural dentro da evolução. A desperticidade te dá esse upgrade, para que você tenha esse conhecimento.
Recéxis. Qual é sua base para estudos?
MG. Estudo o Conscienciograma e os verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia, com o foco no parapsiquismo. Aliás, não dá para escapar nenhum verbete. Todos eles têm a ver com a tares e com o parapsiquismo. Não dá para a gente ver tudo, embora estejamos acompanhando as tertúlias. Então, escolhi uma linha: a desperticidade. É essa linha que estudo, além disso, estudo o Conscienciograma, conforme comentei antes. Procuro aplicar isto no dia a dia, e o seguinte, nós só aprendemos doando a outras pessoas: é esclarecendo outras pessoas que vou me esclarecer. Se conseguir esclarecer através da ajuda dos amparadores, também consigo ser esclarecido. É lógico. Não tenho a pretensão de ser considerado desperto, ou garantir que vou chegar à desperticidade. Mas, quero chegar lá. Não estou preocupado em chegar à desperticidade, estou preocupado em fazer o máximo de esclarecimento. O resto é consequência.
Recéxis. A interassistência é caminho para a desperticidade?
MG. Sim, é através da interassistencialidade, por exemplo que eu e você vamos chegar à desperticidade. Muitas vezes, a gente não chega direto na desperticidade. Primeiro, nós chegamos as extrapolações. E quando a gente chega às extrapolações, essas extrapolações vão mostrar para você, um pouco da desperticidade na prática.
Recéxis. Que percentual de desperticidade você estima ter?
MG. Não sei quando vou chegar ao estado de desperticidade. Nem me preocupo com isso também. Vou ficando cada vez mais lúcido, mais consciente de mim mesmo,Essa autoconscientização dá tranquilidade, satisfação íntima. No curso de Extensão em Conscienciologia e Projeciologia 2 - ECP2, que tivemos em Gramado (antes de abril de 2009), tinha energia por atacado. Senti como se o frontochacra abrisse e saísse EC; clareou tudo e senti a expansão energias por atacado, com uma tranquilidade difícil de traduzir em palavras. Uma supertranquilidade. Uma acalmia impressionante, é isso que chamo de extrapolação.
Domínio energético
Recéxis. Sobre o domínio energético, o que você pode falar para a gente?
MG. Olha o domínio energético é factível a todas as pessoas que se predispõem a trabalhar com sinceridade. Fazer Estado Vibracional, EV, fazer assistência. É através da assistência que nós chegamos ao EV de fato. É o que eu tenho sentido. Se você fez só o EV, sem assistência, é uma ação predominantemente egoística. Quando você faz o EV pensando na assistência vem o amparo. Isso obriga você, cada vez mais a se especializar, por exemplo usar a atenção dividida na sua psicosfera. E isso faz com que você ganhe, gradativamente, passo-a-passo, algum “status” maior perante a multidimensionalidade. Até que isto se torne natural dentro da sua psicosfera. Penso ser por aí.
Gargalo
Recéxis. Qual é o maior gargalo que o reciclante pode superar?
MG. O maior gargalo é o medo da morte. São as prioridades que ele coloca. Se ele não colocar uma prioridade fica difícil. Qual é a prioridade maior? É o soma? É o dinheiro? É a evolução? É o patamar evolutivo? Essa é a reciclagem que a pessoa faz. É ela colocar a sua programação existencial (proéxis), à frente e buscar chegar àquele patamar que quer chegar.
Interassistência cosmoética
Recéxis. Você pode dizer mais alguma coisa sobre interassistência cosmoética?
MG. Eu penso que todos nós procuramos ser cosmoéticos. O que a gente tem a perder, ou a ganhar, dentro da interassistencialidade, são as companhias. Quanto mais você mantém as companhias em alto nível, mais você mantém os amparadores em alto nível. É isso que faz você avançar e priorizar esse ganho.
Traços pessoais
Recéxis. Quais trafores o ajudaram mais?
MG. Foi a persistência. Persistência, discernimento e ter coerência com aquilo que você acredita ser o prioritário.
Disponibilidade
Recéxis. Qual a sua maior dificuldade?
MG. Não sinto insatisfação, ódio, raiva, não sei o que é isso. A maior parte da dificuldade é comigo mesmo. Não me sinto magoado, nem comigo mesmo. Dificuldade é não ter aquilo que consigo ver. Quanto mais disponibilidade de assistir, mais vou alcançar meus objetivos.
Dia 24.04.09, sala da APEX.
Entrevistadores: Cláudio Monteiro e Nilza Gladis Martins.
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